segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

As universidades "Deolindas"

«
A crise tem levado à ideia de que o desemprego jovem se deve apenas a razões de ordem económica, escondendo uma outra realidade miserável que é o mundo da universidade privada e de uma parte significativa da oferta da universidade pública. Muitos dos jovens licenciados que se estão no desemprego são mais vítimas de universidades que nasceram como cogumelos e que têm qualidade.
A massificação do ensino secundário combinada com a mania dos portugueses de quererem ser doutores criaram um mercado fácil para professores sem escrúpulos que criaram universidades privadas para venderem cursos ou multiplicaram cursos em universidades e institutos públicos que apenas servem para alimentar o estatuto dos seus professores.
Multiplicaram-se os cursos que não exigem qualquer investimento por parte das universidades privadas, bastando professores e salas para venderem assinaturas. Por todo o lado há cursos de gestão, de recursos humanos, de direito, de relações públicas ou de marketing, cursos de onde se sai sem grandes qualificações.
O próprio Estado alimentou estas “universidades”, com os seus esquemas de concursos internos, reclassificações e promoções permitiu a muitos funcionários administrativos ascenderem à categoria de técnicos superiores, para isso bastava-lhes inscreverem-se num cursos nocturno e uns anos mais tarde entregarem os respectivos diplomas. Neste casos o Estado não olha a médias de curso ou a qualificações profissionais e quando o faz, nos concursos de admissão, os alunos destas escolas passaram à frente de muitos licenciados por universidades públicas onde é maior o rigor da avaliação.
Quando esta crise for ultrapassada muitos destes jovens licenciados vão perceber definitivamente o logro em que caíram, dificilmente encontrarão o emprego com que sonharam pois os seus cursos não lhes garantem as aptidões profissionais pretendidas.»
http://jumento.blogspot.com/

Quem fala assim...

E não é que já vi um caso destes relatado por este senhor (que acabou de perder a mãe), na câmara de Mira?
E conseguiu nunca dizer o chavão "Isto é uma vergonha!"

Interrupção da constatação da miséria do país para...


B2-1M
Só é pena que pensa que pode festejar com os adeptos como se estivesse no futebol distrital a festejar com o tio, o irmão e o amigo!
Valeu a pena estar no café e só prestar atenção aos últimos 15 minutos do jogo.
Simão | Myspace Video

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Tratando

Presidente da câmara de Penela - Já se percebeu que Paulo Júlio é jovem, pensador e empreendedor. Mas não será tempo de antena em demasia no Diário das Beiras? O homem não é Deus.

Líbia, Egipto, etc - Umas coisa é andar atento, outra é dar mais importância ao que se passa lá do que à resolução da nossa vida em Portugal. Parolice.

Académica - Europa, meio da tabela, e agora, em "continas"... Dias difíceis se avizinham e Ulisses Morais não é mágico.



Escola Secundária de Mira - É triste ter actualmente o nome de Maria Cândida (Drª??!!!!) e em tempos anteriores nem explicarem aos alunos quem era a senhora. De lamentar.


Voz de Mira - É apenas um pormenor, mas antes o correcto do que parcialmente correcto, os processos de reconhecimento, validação e certificação de competências no âmbito de educação e formação de adultos (RVCC) não são cursos nem são revalidações de competências. Tem que haver os mínimos na informação!!!

Voz de Mira II - Porquê tanto futsal do Lagonense, ainda por cima escrito por um ex-dirigente do Ala-Arriba que tanto contribuiu (ao pactuar) com falsificações de jogadores de há 15 anos? Ele há cada artista.!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Duro

103 anos sem sexo explicam segredo da longevidade - Globo - DN - Vida sem excessos? Eu vejo excesso de celibatarismo e castidade. Se nunca for ao Algarve e viver até aos 100 anos, posso dizer no DN: nunca ter ido ao Algarve explicam longevidade. Mas espero ir lá antes dos 30.

TVI: Júlio Magalhães demite-se - TV & Media - Correio da Manhã - Vou ter saudades daquelas conversas da chacha com o Marcelo:
-Vem ao Porto ver o jogo para a semana?
-Quer vir a Londres ver o Braga? 
Giríssimo!

Agente da PSP que matou MC Snake diz que disparou com justificação - Sociedade - PUBLICO.PT - O polícia que está a ser julgado disse, em sua defesa, que apenas teve meio-dia de instrução com o modelo da arma. 
Volta Paulo Portas, estás perdoado.

Idoso mata a mulher e suicida-se em seguida - Portugal - DNO amor também é isto.
Está aí uma uma rede social de suporte à geriatria que é uma coisa esperta. 
Dos países mais envelhecidos mas de gerontologia percebemos pouco.




Portugal em 1.º lugar nos serviços públicos electrónicos - Economia - DN - Imagine-se se não fossemos os primeiros, como teriam corrido as eleições presidenciais. 
Se for mandado parar pela polícia, como não encontro a carta há meses, com certeza que a partir do meu BI eles tecnologicamente topam que tenho licença para conduzir.
Portugal em 1.º lugar nos serviços públicos electrónicos: 
tendo em conta quantidade de população info-excluída, com certeza que iremos todos comer batatas e couves produzidas pelo choque tecnológico. Tão pequeninos e tão parolos.

Bloco quer criminalizar enriquecimento ilícito - Portugal - DN - Então mas se é ilícito não é crime? Ah, é como fumar ganzas, é ilícito, mas não é crime.
  
Comprei um saco com 6 bicos (cresci a chamar bicos aos pães) ou papo-secos no Jumbo por 36 cêntimos. Será que eles se enganaram no preço?


Drogado, cuidado!!

O remate ao poste

Vale a pena só para ver o fanático a não parar no verde.

Ah, o Bloco de Esquerda tem uma ideologia

Alguém tinha dito que não tinham

1 – O Bloco de Esquerda é um movimento político de cidadãs e cidadãos que assume a forma legal de partido político.

2 – O Bloco de Esquerda, adiante também referido como Movimento, inspira-se nas contribuições convergentes de cidadãos, forças e movimentos que ao longo dos anos se comprometeram e comprometem com a defesa intransigente da liberdade e com a busca de alternativas ao capitalismo. Pronuncia-se por um mundo ecologicamente sustentável. Combate as formas de exclusão baseadas em discriminações de carácter étnico, de género, de orientação sexual, de idade, de religião, de opinião ou de condição.

3 – O Bloco de Esquerda defende e promove uma cultura cívica de participação e de acção política democrática como garantia de transformação social, e a perspectiva do socialismo como expressão da luta emancipatória da Humanidade contra a exploração e opressão.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Boys and Girls

«Como fizeram para reduzir os salários e as prestações sociais, PS e PSD juntaram--se de novo no Parlamento, desta vez para impedir limites (nem sequer para os reduzir, só para lhes pôr freio) aos vencimentos dos gestores públicos.
Gestores públicos é um eufemismo usado para designar "boys" e "girls", em geral sem mais qualificações para gerirem o que quer que seja do que a sua disponibilidade para serem geridos. E se há assunto em que PS e PSD estão de acordo, além de que os pobres é que devem pagar as crises provocadas pelos ricos, é o da protecção dos "seus".
Embora não pareça, há no entanto diferenças entre PS e PSD. Por exemplo, o PS quer despedimentos fáceis & baratos para estimular "o emprego" enquanto o PSD também quer despedimentos fáceis & baratos mas para estimular "a economia". Para quem for despedido é igual, mas visto do lado do PS e PSD é muito diferente.
Do mesmo modo, o PS rejeitou as propostas do BE, PCP e CDS para que os salários dos gestores públicos tivessem como tecto o vencimento do presidente da República por isso ser "da competência do Governo" ao passo que o PSD as rejeitou por serem "populistas". "Boys" e "girls" do PS e PSD continuarão, pois, a poder ganhar mais do que o presidente da República. E não por um mas por dois bons motivos, um o do Sr. Mata outro o do Sr. Esfola.
É assim que PS e PSD conseguem o milagre de estar em desacordo fazendo exactamente o mesmo.»
Por Manuel António Pina, no JN.

Voz de Mira: um olhar sobre...

Para uma compreensão melhor, há que ir folheando a edição de 16 de Fevereiro de 2011.

Mirenses do Brasil - Tento ler. Esforço-me. Bato-me por não ser mentalmente preguiçoso. Mas não dá. Interessa a quem? Era pertinente a existência da rubrica, se fosse paralela a Mirenses da Venezuela, Mirenses de França, Mirenses da Suiça, Mirenses do Canadá, etc..Assim é obsoleta e entediante. Pessoal de mais, tal como a minha opinião.


Em Mira, na VM há 20 anos - Importante, interessante e histórico. Vale a pena recordar o passado recente.

Poetas Populares - Não sou adepto de poesia, mas respeito a arte. Se com autores variados, porquê não?

Optimismo quanto à Barrinha - Vou experimentar entrar na onda positiva.

Notícias do Brasil - ...

Natalices - Aceita-se, digere-se.

Pela Região - Indispensável. Recomendável.

José Távora - Foi humilde e desculpou-se pelos "erros primários" (não têm outro nome), dados na crónica anterior. Foi a tempo. Acontecem... Mas escusava de ter o pretensiosismo de escrever no novo acordo quando não tinha solidificado conceitos básicos da língua portuguesa. Na crónica anterior bajulou tanto o dono da Quinta da Lagoa que só faltava dizer que a sua empresa turística é sem fins lucrativos e o povo lhe deveria conceder terrenos à vontade para expandir o negócio. Já não via tanta adulação desde que Jaime Nogueira Pinto falou de Salazar no "Melhor português de sempre". Sabe-se que o Estado só coloca entraves a um empreendedor português que queira criar postos de trabalho no sector privado. Mas o homem também não é a Madre Teresa.

A presente crónica mostra o desprezo e mentalidade que muita gente de Mira tem em relação ao resto do concelho. Vejamos o que diz acerca duma pastelaria que nunca lá pus os pés (e não me sinto menos mirense que ele por isso): "Até parecia que, quem lá não fosse encontrar os amigos, não era de Mira (...) era e será - penso - o POINT mirense." São os denominados in. Próprios dos intelectualóides que se sentam a contemplar o povo na esplanada. Fiz o secundário em Mira e nunca calhou a beber lá uma bica sequer. Que falta de consideração pelos outros espaços comerciais! É como se eu tivesse a presunção de que quem não frequentasse o Café Amado, não fosse do Seixo. Há mais cafés na terra. Tenha paciência! Quanto aos conselhos para quem explora um estabelecimento desta natureza, considero-os muito pertinentes, assertivos e válidos.

Novo Livro de Mário Cupido - Dá-se o benefício da dúvida...

Histórias do meu Jardim... à beira-mar plantado - Abrangente, actual, reflexivo e entretido.

Alimentação - Suponho que houve um lapso, pois seria Desporto a palavra adequada. O Seixo de Mira venceu a primeira fase da 1ª Divisão Série B. Histórico. À frente de equipas da Praia de Mira, de Cadima, da Cordinhã, de Arazede, etc. Veremos o impacto na imprensa local. Ups, o filho do chefão não joga no Seixo de Mira.

 Fernando Rovira - Embrenhei-me na crónica sobre a segurança nas escolas e autoridade dos professores, do director do agrupamento de escolas de Mira, que um dia afirmou incrivelmente na VM que os professores em Portugal fazem uma prova/exame para admissão ao ensino público. A partir daí fiquei sempre com um pé atrás quanto ao que redige. Analisando a longuíssima crónica (já não se usa, é extenuante, exaustivo e corre o risco de ser muito denso), não se consegue perceber a sua opinião quanto ao tema. É um emaranhado de ideias e informações divagando por encontros sobre o assunto, projectos de lei, opiniões de partidos e como a Espanha trata a questão.
Louva-se o seu interesse pela Educação, atestados pela sua participação no Curso de Ensino à Distância "Violência e Gestão de Conflitos na Escola" na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.
É pena não se ver uma posição clara quanto a um tema tão importante para o desenvolvimento do país.

Tudo o que vem à rede - Interessante crónica. A primeira vale pela inclusão (a história também não fica atrás e é patusca) da palavra "péla", um objecto tão característico nosso, e estranho a quem diz sertã e frigideira. A segunda é uma boa visão sobre São Valentim e o nosso Santo António!
Não percebi o enquadramento de "Andar às camarinhas".
«Duas meias-de-leite:
Formam um par de meias?»
Trata de pouco.

Raul Rocha - Jovem mas conhecedor e atento. Curto, conciso, com cabeça tronco e membros. Acrescenta sempre qualquer coisa, com um olhar peculiar sobre os assuntos. Indispensável.

Vai vai


Fora daqui para fora - Os EUA passam pelos Açores à campeão, estamos hipotecados à UE há anos, lambemos as botas à ditadurazita de Angola, vamos ter que dar o #&@ à China (a Indonésia gozou connosco há 35 anos), quando os pinguins nos ganharem no atletismo, e os cangurus no futebol, já não resta nenhum continente que nos trate com respeito, mais vale recortar o rectângulo e mandar-nos para outro planeta.

O lápis azulPrograma de Mário Crespo e Medina Carreira suspenso, se calhar o Plano Inclinou de mais.
No céu cinzento sob o astro mudo
Batendo as asas Pela noite calada
Vêm em bandos Com pés veludo
Chupar o sangue Fresco da manada

Municípios a mais? - "Analisando os custos políticos dos 111 municípios com menos de 10 mil eleitores, o documento demonstra que os vencimentos anuais do pessoal político rondam, por cada um, os 200 mil euros, neles se incluindo o presidente, dois vereadores e respectiva equipa de apoio. A comparação é feita com organismos e empresas públicas onde um único vencimento é bem superior aos do total da equipa autárquica daqueles municípios. São apontados, entre outros, os presidentes do Instituto de Seguros de Portugal (247.938 euros), da CGD (371.000 euros), da RTP (250.050 euros), da ERSE (233.875 euros) e da TAP (420.000 euros).", segundo Fernando Ruas, o eterno presidente da Associação Nacional de Municípios.
Se aquele se portou mal, também me posso portar mal!
Excelente raciocínio, se os outros gastam, então também posso gastar!
Municípios que menos de 10 mil eleitores? Podem existir, mas só em extremas condições.


A mentalidade - A todos os que recebendo um troco de 15 euros em notas de 5, respondiam invariavelmente:
- Não tens aí uma de 10?
Tenho de dizer:
Vocês são psicóticos, atrasados mentais ou lacracanhozinhos? 
Que diferença faz nas vossas mentes, andar com 3 notas de 5€ ou andar com uma de 10€ e outra de 5€?
Não é para as pessoas que se preocupam se o funcionário fica com notas de 5 ou não, é para as pessoas que engelham a cara e só porque vão levar 3 notas de 5 como se fosse uma quantidade enorme de dinheiro trocado.

Relações - A relação com o/a amigo/a colorido/a é muito gira até ao momento em que surge a conversa do serem ou não serem exclusivos. E aí a relação torna-se monocromática. Quando duas pessoas são inclusivas é capaz de ser melhor porque há garantias que uma se vai meter/incluir dentro da outra. Ou incluem-se mutuamente, há posições para tudo.

As interessantes conferências de empresa - No futebol há sentenças não contestáveis:
-A bola não quis entrar por diversas vezes, e QUANDO ASSIM É...
-Criámos mais oportunidades mas a bola não quis entrar. O FUTEBOL É ISTO. 
Depois surgiram o Mourinho e o "muita louco" Jorge Jesus.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Tratando de...

Somos um país de modas passageiras: 
Ora se repara que há jovens que caem de morte súbita no desporto, ora se constata que desaparecem crianças, ou há uma vaga de violência doméstica (como se não houvesse todo o ano), agora estamos na fase de nos lembrarmos se o vizinho idoso está vivo, porque já não o vemos há 4 dias!
 

Moral da história da recente moda: 
Se não fores rico e não quiseres morrer sozinho, deixa de ser um filho da mãe enquanto és novo.

Benfica-Guimarães: 
Há muito tempo que não passava seca a ver 45 minutos de futebol. Carrega Benfica.
 
Não há nada a fazer: 
Antes havia aquelas mulheres que apanhavam e gostavam do cônjuge na mesma. Mas sempre houve aquelas que adoram levar tanga do companheiro. Gostam de ficar enganosa e conscientemente deslumbradas, impressionadas e maravilhadas. Ai porque ele é pelo niilismo (uma corrente tão bonita), ai porque ele é contra o capitalismo e a favor dos pobres. Ai porque ele é tão trabalhador e tão injustiçado (faz 4 horas por dia e mal), ai porque ele é discriminado por fumar ganzas e os que bebem não são.
 
Viver maritalmente é entre muitas coisas um gajo estar na casa de banho a lavar os dentes e ela entrar sem dizer nada, arrear as calças/levantar a saia e sentar-se na sanita. Gostamos de viver na ilusão eterna de que ela não c... nem faz pipi.

 Não é a gozar nem acho ridículo, (até porque eu é que tenho as minhas pronúncias ridículas), acho patusco aquelas pessoas que dizem: 
- «Derivado da greve, tive que apanhar um "táxe"!»

 Cuidado:
Há homens que estão no urinol a tratar da vida e a mexer no telemóvel ao mesmo tempo. Aconselha-se às mulheres chocas que se enojam com pouco, a não bisbilhotar no telemóvel dele na cama enquanto ele foi à cozinha comer qualquer coisa, o aparelho pode ter bactérias.


sábado, 19 de fevereiro de 2011

Crise? Qual crise?

Veja-se a pérola que saiu da última reunião ordinária da Câmara de Mira no dia 1 de Fevereiro de 2011:
Período da ordem do dia
"Recrutamento excepcional de trabalhadores para 11 postos de trabalho previstos no Mapa de Pessoal do ano de 2011"

Atenção, trata-se de um recrutamento EXCECPIONAL, pois se não o fosse, estima-se que fossem arregimentados apenas cerca de 30 a 40 boys! Há espaço lá para tanta gente? A câmara estará em concorrência directa com a Quinta da Lagoa ou o Maçarico para ver quem tem mais funcionários?
Afinal não é só nos Açores que não se sente a crise. Em Mira também se segue a corrente inversa em relação ao resto do país: diminuição de salários da função pública e a não entrada de pessoal no sector público.
Vamos dar o direito ao contraditório:


«1- A câmara não tem psicóloga (chega de mentiras!)... e nem tem lugar no mapa de pessoal! (Mas era suposto ter? Precisa é de advogados, perdão advogado em part-time a 400 contos por mês, sim ainda falo em contos, gosto de fazer contas).
2 - Quem teve a curiosidade de ver a ordem de trabalhos e queria saber mais ou perguntava (há lá muitas amigos/as) ou ia à reunião... que é publica. (Esta é de prepotência mesmo. Primeiro nem todos têm disponibilidade laboral àquela hora, que raio nem toda a gente em Mira trabalha na câmara, segundo, que quer ele dizer com "há lá muitos/as amigos/as"?)
3 - Não são mais 11 lugares... pelo contrário, ao artigo da lei, e findos os 3 períodos de renovação contratual que a lei permite, ou se abre vaga para o antigo "quadro", actualmente para contratos por tempo indeterminado ou então fica a autarquia impedida legalmente de o fazer durante um período de tempo. (Ah, então mais vale abrir já, oficializando o compadrio. Basicamente o que ele quer dizer é que os 11 lugares (na minha cabeça, lugares supõem sempre algo de estático e pouco condizente com trabalho) são para pessoas que já estão lá dentro.)
4 - e às as reformas... (Isto não sei do que é que trata, é tipo ver uma conversa no Dia Seguinte, só eles lá sabem o que acontece nos almoços e jantaradas.)
5 - e são funções onde não há alternativas... por exemplo topografia... leitor de água... etc. (leitor de água? Então quem fazia isso antigamente?).
6 - e trata-se da autorização (como manda e cumprindo o PEC) para abrir concursos... aos quais podem concorrer quem estiver habilitado! (E quem é que está habilitado? Os licenciados que aparecem como Doutores, na Voz de Mira? Os portadores de cartão Rosa ?(gosto do nome Rosa, se pudesse casava com uma))

Não queria dar nenhum sermão... mas entendi que (para quem quisesse de facto saber) poderia de alguma forma deixar a explicação... até porque de facto, se se ler apenas a ordem de trabalhos sem mais, poder-se-á ser induzido em erro.  
Mas como disse... será que vale a pena explicar?»
De um sujeito devidamente avalizado e acreditado para falar.


Blá, blá.
Tanta boa intenção e não se chega a saber que postos de trabalhos, são esses especificamente.
A vida é bela, em Mira...

O salto à Vara

Armando Vara, esse ilustre político impoluto, parece que passou à frente dos doentes/utentes na fila de espera dum centro de saúde em Lisboa, para que lhe passassem um atestado qualquer antes de ir apanhar um avião.
Um dos utentes escreveu no livro de reclamações do Centro.
Sobre os idosos que aguardavam pacientemente pela sua vez, não há que ter pena. São esses idosos que votam Cavaco e PS. Aguentem-se à bronca.
Veja-se um pouco do percurso de vida deste parolo vindo do distrito de Vila Real:
"Estudou Filosofia na Universidade Nova de Lisboa, tendo abandonado a universidade sem obter o diploma de licenciatura. Em 2004, antes de ter qualquer licenciatura, obteve um diploma de Pós-Graduação em Gestão Empresarial no ISCTE. Mais tarde obteve o diploma de licenciatura no Curso de Relações Internacionais na agora defunta Universidade Independente, três dias antes da sua nomeação para a Administração da CGD (...)" Do melhorzinho, hein?!

Um camarada tão rico, não arranja meia dúzia de tostões para ir a uma clínica privada? Pois assim a entupir o SNS, não é fácil que este tenha qualidade.
E o atestado, passado às três pancadas, é moralmente aceitável?
Vota PS que estás perdoado...

Geração Deolinda, mas mais velha

Atenção: nem todos os reformados vivem assim. Alguns aparecem estendidos em casa.

«REFORMADOS ACTIVOS. SOMOS OS MAIORES!!!

Ao menos num capítulo ninguém nos bate, seja na Europa, nas Américas, nas Áfricas ou na Oceânia:

Nas políticas sociais de integração e valorização dos reformados.

Nos últimos tempos, quase não passa dia sem que haja notícias
animadoras a este respeito. E nós que não sabíamos!

Ora vejamos:

* O nosso Presidente da República é um reformado;

* o nosso candidato a Presidente da República é um reformado;

* o nosso ministro das Finanças é um reformado;

* o nosso anterior ministro das Finanças já era um reformado;

* o ex-Ministro das Finanças Ernâni Lopes, que propunha que se cortassem os
vencimentos dos Funcionários Públicos em 25 %, era Reformado da CGD desde os 47 anos de idade! (tinha e tenho boa impressão de Ernâni Lopes.)

* o ministro das Obras Públicas é um reformado; (E lê o discurso do secretário de Estado).

* gestores activíssimos como o ex-ministro Mira Amaral são reformados;

* o novo presidente da Galp, Murteira Nabo, é um reformado;

* entre os autarcas, "centenas, se não milhares" são reformados (garantiu-o
o presidente da ANMP);

* o presidente do Governo Regional da Madeira é um reformado .

... e assim por diante, é um nunca mais acabar!!!

Digam lá qual é o país da Europa, ou mesmo do mundo, que dá tanto e tão bom emprego a reformados?

*Só o Socrates não é reformado, porque, segundo parece, nem sequer é
FORMADO!!!!!!!
Porreiro pá!!!»

Retirado do Cancioneiro 14, volume 3, da Sabedoria Popular.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Para parecer liberal

10 euros para pagar 4.80, ao menos a moeda de 20 como gorjeta

Só agora li o último artigo do meu ex-professor de Filosofia da Educação, José Boavida e constato que se o tivesse lido antes, não lhe tinha dito na Sexta quando o atendi no Académico, que os textos dele (no Diário das Beiras) são muito densos (para não dizer entediantes), "mas professor, não é porque eu tenha preguiça intelectual" e ...até lhe tinha pago o Ucal "quentinho". 
Bem, se calhar não pagava porque ele nem gorjeta deu.
Deu-me 15 de nota final na altura, vá (numa história rocambolesca de meritocracia).





«Num editorial recente, o Diretor lembrou ser este um jornal de leitores, e ao prometer acentuar esta tendência, deu-nos uma boa notícia. Pode parecer tão evidente que nem precisa de ser dito, mas há muitas publicações que não são para leitores mas para olheiros, são passadeiras de olhos, ou nem isso.
jornais e revistas só com intriga política, escarafuncho humano, barulho noticioso e visual. E quer folheados do princípio para o fim, quer do fim para o princípio, dão o mesmo. Podemos também dizer que a multiplicidade das imagens e dos ruídos que se cruzam e sobrepõem ininterruptamente, hoje, criam nuvens que ofuscam a visão, tiram condições ao pensamento, desabituam as pessoas de analisar e avaliar, impedindo-as de separar o importante do inútil e do prejudicial.
A política tornou-se espetáculo e palavras de ordem, e muitos debates são logomaquias sem fim viciadas à partida. Alguns dos que fazem a nossa opinião são opinadores profissionais, pau para toda a obra, outros, soldados dos partidos, outros ainda, aparecedores profissionais apreciados pelo visual. Uns, garantem a visualidade e a superficialidade necessárias para não enfadarem e prenderem o telespectador pelo anzol, outros, antes de os ler ou ouvir, já sabemos o que vão dizer. Nada disto interessa.
Mas há ainda comunidades de leitores no sentido de pessoas que gostam de ler textos bem pensados e honestos, e essas pessoas devem merecer consideração porque é nelas que se esconde um pensamento que continua a trabalhar em muitas cabeças. E ainda bem porque é essa capacidade de análise, ponderação e bom senso que vai sustentando a civilização e a paz. Sim, porque não faltam bárbaros com formas violentas ou ardilosas de nos condicionar pensamentos e decisões, trabalhando afanosamente para a nossa alienação intelectual e moral. Tudo o que se puder fazer para lutar contra estes infantilizadores profissionais é da maior utilidade. Portanto, um jornal de leitores é uma coisa preciosa. Coimbra, com uma densidade populacional com cultura superior à média tem, objetivamente, condições favoráveis, penso eu, para jornais que pretendam ser comunidades de leitores. É uma vantagem que não pode ser esquecida, que foi desaproveitada durante muito tempo, mas que começa a ser vista como coisa valiosa, e que devemos rentabilizar.
Além disso, os jornais de uma cidade são fatores de agregação social, de consciência coletiva, que devemos acarinhar. Fazer de um jornal, cada vez mais, uma comunidade de leitores esclarecidos e exigentes tem por isso um valor social, cívico e cultural sem preço. E embora me pareça que nem sempre há, por parte das entidades patronais, um tratamento de igualdade relativamente a jornais de âmbito nacional, os progressos feitos são enormes no que diz respeito à profissionalização dos seus quadros e às melhorias de conceção e execução gráfica.
Por isso, com esta qualidade técnica e os excelentes profissionais que este jornal tem, aos leitores é preciso pedir mais. Não basta ler o jornal no café do bairro, é preciso fazer mais pela cidade e pela região, também através dos jornais. Pense nisto, você que me leu até ao aqui.»
Diário das Beiras 01-02-2011.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

E só recebe 800 euros por mês...

 A Universidade Católica só lhe dá 800 euros de reforma...


«DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS DE MARIA CAVACO SILVA: CONTA À ORDEM NO BCP
882022 ( 1ª TITULAR ) 21.297,61 EUROS .

ACÇÕES NO BPI 6287
 ACÇÕES NO BCP 70.475
 BRISA 500
 COMUNDO12
ZON 436
 JERONIMO MARTINS 15.000

DEPOSITO A PRAZO 350.000,00 EUROS VENCIMENTO 04/04/2011
 OBRIGAÇÕES BCP FINANCE 330 UNIDADES JUROS PERPÉTUA 4.239%
 FUNDOS DE INVESTIMENTO FUNDO AVACÇÕES DE PORTUGAL 2.340 UNIDADES
MILLENIUM EURO CARTEIRA 4.324.138 UNIDADES
 POJRMF FUNDES EURO BAND EQUITY FUND 118.841.510 UNIDADES.
 PPR 52.588,65 EUROS.


BPI CONTA Nº 60933.5
 DEPÓSITO À ORDEM 6.557 EUROS
 DEPÓSITO A PRAZO 140.000,00 JURO 2,355% VENCIMENTO 21/02/2011
 70.000.00 EUROS JUROS 2.355% VENCIMENTO 20.03.2011.

Para uma reformada de 8oo euros esta poupança é bestial, e como o
MARIDO ANDA PELA TELEVISÃO A DIZER QUE PERDEU MUITO DINHEIRO COM AS
ACÇÕES DO BPN, AQUI ESTÁ UMA VERDADEIRA INVESTIDORA E O MARIDO É UM
BURRO DO POÇO DE BOLIQUEIME»



De http://arrastao.org/2165870.html

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mira, terra de interesses e capelinhas...

Essa dos interesses e capelinhas foi tirada ao clarividente José Manuel Fernandes que com tanta pena da geração Deolinda, votou em Cavaco.

Vejamos o que escreve a Comissão Política do Partido Socialista de Mira no Diário das Beiras (ainda no antigo, não é este de Fevereiro, imitação do Jornal I, mas gosto).
Para ler e deliciar:

« Tem sido uma constante a perseguição política infundada de Gabriel Pinho, presidente da Junta de Freguesia dos Carapelhos, ao presidente da câmara de Mira (do outro lado, há a perseguição física, que foi quando os do PS foram assustar os laranjas dos Carapelhos quando estes colavam cartazes numa campanha no Casal de São Tomé). A demonstrá-lo, são inúmeras as reclamações, requerimentos, com fins meramente políticos e de tentativa de entorpecimento dos actos de gestão pública camarária (e o Seixo, também incomoda as suas excelências com requerimentos, pedidos e ofícios? Pedimos desculpas pelo incómodo. Aceitamos ficar no esquecimento, então!), próprio de quem ainda não digeriu as desfeitas eleitorais (então mas o homem não ganhou nos Carapelhos?) e não acompanha os sinais dos tempos, até de muitos sectores do seu próprio partido. (Acompanhar os sinais dos tempos é colocar o filho no governo civil de Coimbra? Mas isso já no Estado Novo se fazia!)
Gabriel Pinho recorreu para o tribunal constitucional (é um bocado infantil recorrer ao TC para isto), não aceitando o que estava previsto na lei, que determina que é o presidente da câmara a designar os membros das assembleias ou secções de voto para as Presidenciais. Como todos sabemos, à excepção do sr. Gabriel Pinho, estas eleições têm um cariz supra-partidário (Ora, Cavaco ganha, é vitoria do PSD e do PP, Manuel Alegre perde, é derrota de PS e BE, mas pronto, só o Gabriel Pinho é que não sabe). (...) Por acórdão nº 31/2011 de 17/01/2011, o Tribunal Constitucional dá razão (Continunado com infantilidades, se te deram razão, leva lá a bicicleta) ao presidente da câmara, concluindo que foi dado o cumprimento integral à lei, rejeitando o conteúdo da queixa. É lamentável (é lamentável pois, e vir ao Diário das Beiras mostrar à região que há atrasados mentais em Mira que se dão ao trabalho de enviar isto ao jornal, também é lamentável) que o país e os autarcas, em particular, a lutarem com enormes dificuldades, se vejam na contingência de terem de desperdiçar o seu precioso tempo (não mintam, vá, vocês gostam de passar assim o tempo...) com questiúnculas que apenas servem para fins de tentativa de perturbação de pessoas e instituições democraticamente eleitas. A comissão Política do PS de Mira condena esta forma reiterada de fazer política, que em nada dignifica a vida local. Esperemos das outras forças políticas idêntica atitude para o bem das nossas populações.»

Resumindo:
Gabriel Pinho queria colocar "prestigiosamente" nas mesas de voto, os amigos e os familiares. Mas o senhor rosa lá de Mira, apeteceu-lhe exercer o poder que tinha e colocar os dele (seguramente malta necessitada), para sacarem 75 euros e falta justificada ao trabalho no dia seguinte. Aí o Gabriel fez birrinha e foi para tribunal (que decidiu em tempo recorde) o que já se sabia pela lei.
Tenho que referir outra vez a expressão: "atrasados mentais"?

Tudo o que está


Parque Verde - Nunca tinha reparado. É um sucesso. Ao Domingo à tarde em Coimbra, a zona à beira do Mondego encontra-se relativamente bem tratada e visitada por centenas de pessoas que aproveitam para esticar as pernas, ver a paisagem e aproveitar o Sol. Há qualidade de vida.

Vandalismo em Mira - Aceito. Não é fácil vigiar (GNR e populações) locais recônditos, nas madrugadas de Janeiro. Não é exequível (em Portugal). Não posso é considerar normal haver Operações Stop da GNR a um Sábado à noite em pleno Seixo. É prepotência, perseguição e "atrasodorismo mental". A GNR teima em fazer figuras patéticas rumo à credibilização. Tristes...

Presidente da câmara de Mira - Tem algum filho ou netinho para ter estado na inauguração do hospital pediátrico em Coimbra? Ah, deve ter sido daqueles que andaram nas ruas há 10 anos com cartazes a lutar para que Coimbra tivesse um pediátrico.

Combustíveis - Tal como o meu pai diz, não devem estar caros, a malta anda contente na mesma.

Moção de censura - Já ontem era tarde. Não sei é se haverá povo educado que saiba votar.

A vida tem um referencial...

Magia - A escola José Falcão em Coimbra vinha saindo nos jornais devido à eminência da derrocada de um seu muro (recorde-se que é uma escola com a arquitectura do Estado Novo), avizinhando-se uma tragédia. A DREC (serve para quê?) não resolvia a questão. Cavaco Silva foi lá jantar no âmbito da sua campanha em Coimbra. E como por magia, o muro arranjou-se. Há quem fique contente, mas os assuntos não se deviam tratar assim...

No bom caminho - 43 mulheres foram mortas em 2010, vítimas de violência doméstica. Estamos no bom caminho... Resquícios dum mau salazarismo (sim, há a parte boa) e dum catolicismo bafiento em que a mulher é obediente e ousará pensar ao mesmo nível do bom marido.

Assim não há nada a fazer - Nos últimos 30 anos tivemos mais de 30 ministros da educação. Sem estabilidade, sem tempo para avaliar as medidas implementadas, não se fazem milagres em sector nenhum. É ver a estabilidade directiva que os Sporting tem tido e conferir os resultados desportivos. Adeus Costinha...
DREC - Pessoal docente e não docente do colégio de Calvão lá foi à Direcção Regional da Educação do Centro, pedir para pagar o que deve (salários). Pior que a DREC, só mesmo a DREN. Servem para quê? Há lá malta que percebe de educação?

Mamarrosa - Que se pode dizer acerca do crime na Mamarrosa, bem ao lado de Mira? Não há muitas justificações para se matar à frente da neta, o pai da mesma. Há homens assim, na casa dos 60 que pensam ter o rei na barriga, que tudo podem fazer sem restrições. Lixo com essa gente.

Académica - O sonho é possível, e a Briosa merece ir à final da Taça contra o Benfica. A questão é que o Guimarães também já não vai a Jamor há muitos anos.

Vandalismo - Como é? Será que o que me acusou de partir a fonte da Barroca, também me acusa de andar a roubar torneiras no Parque de S. João no Seixo? Tenho alargado as costas...

Geração "Que parva que eu sou..."

“Que mundo tão parvo/Onde para ser escravo é preciso estudar…”
Aí está o regresso em força da música de intervenção.

«...Começámos por lhes chamar a “geração 500 euros”, pois eram licenciados e muitos não conseguiam empregos senão no limiar do salário mínimo. Agora é ainda pior. Quase um em cada quatro pura e simplesmente não encontram emprego (mais de 30 por cento se tiverem um curso superior). Dos que encontram, muitos estão em “call centers”, em caixas de supermercados, ao volante de táxis, até com uma esfregona e um balde nas mãos apesar de terem andado pela Universidade e terem um “canudo”. Pagam-lhes contra recibos verdes e, agora, o Estado ainda lhes vai aplicar uma taxa maior sobre esse muito pouco que recebem. Vão ficando por casa dos pais, adiando vidas, saltitando por aqui e por ali com medo de compromissos....»

«...Veja-se agora o país que deixamos aos mais novos. Se quiserem casa, têm de comprá-la, pois passaram-se décadas sem sermos capazes de ter uma lei das rendas decente: continuamos com os centros das cidades cheios de velhos e atiramos os mais novos para as periferias. Se quiserem emprego, mesmo quando são mais capazes, mesmo quando têm muito mais formação, ficam à porta porque há demasiada gente instalada em empregos que tomaram para a vida. Andaram pelas Universidades mas sabem que, nelas, os quadros estão praticamente fechados. Quando têm oportunidade num instituto de investigação, dão logo nas vistas, mas são poucas as oportunidades para tanta procura. Pensaram ser professores mas foram traídos pela dinâmica demográfica e pela diminuição do número de alunos. Sonharam com um carreira na advocacia, mas agora até a sua Ordem se lhes fecha. Que lhes sobra? As noites de sexta-feira e pensarem que amanhã é outro dia…
E observe-se como lhes roubámos as pensões a que, teoricamente, um dia teriam direito: a reforma Vieira da Silva manteve com poucas alterações o valor das reformas para os que estão quase a reformar-se ao mesmo tempo que estabelecia fórmulas de cálculo que darão aos jovens de hoje reformas que corresponderão, na melhor das hipóteses, a metade daquelas a que a geração mais velha ainda tem direito. Eles nem deram por isso. Afinal como poderia a “geração ‘casinha dos pais’” pensar hoje no que lhe acontecerá daqui a 30 ou 40 anos?...»
 Por José Manuel Fernandes, ex-director do Jornal Público. http://www.facebook.com/note.php?note_id=10150104369774208&id=246899992587

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Opinião de JP

Se bem me lembro... isto há cerca de 10/15 anos atrás... ia para Calvão quem não conseguia fazer o 12º em Mira.
E também me lembro que colegas meus que em Mira não davam uma para a caixa, vinham de Calvão com 15 e 16 de média...
Outra questão são os srs Prof. de Calvão... recrutados segundo o melhor que se faz em termos de compadrio e amizade.
Para finalizar, e segundo um "colaborador" da referida instituição, quem lá trabalhasse tinha que ir à missa(!!!!) Tipo catequese!

... pois, e o burro sou eu!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Produto nacional com certeza

 Numa mesa de 3 mulheres:
Eu - Boa noite, que desejam?
Duas estrangeiras -Tem sangria?
Eu - Não.
Duas estrangeiras - Então que tem de alcoólico?
Eu - Temos tudo: amêndoa amarga, beirão, cerveja... 
Mulher portuguesa cota - Eu quero um café. Olhem, peçam beirão, é como vinho do porto.
‎(Abstive-me a comentar a comparação. Se uma senhora mais velha diz que beirão e porto são parecidos, quem sou eu para contrariar? Isto é que saber fazer promoção de produto nacional!)
Consegue ser pior do que dizer que os ingleses tentaram imitar mas sem sucesso, o Vinho do Porto, criando assim a bebida deles “martini”.

Já vi isto em qualquer lado.

E não era na baliza...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Mundo de merda

,,,
One time on band camp, estava eu no Académico no final da noite, quando surpreendo um colega a vazar os cinzeiros para o chão:
-Que é que estás fazer, pá?
-A limpar os cinzeiros.
-Para o chão?
-Então pois, a empregada de limpeza amanhã limpa. Ela tem que fazer alguma coisa.
-És atrasado mental ou quê? Já viste o trabalho que dá, andar a varrer cinza do chão, o pó todo no ar? Que falta de respeito!
A mentalidade portuguesa é mesmo fazer a vida negra ao próximo.
As classes médias baixas, são as que mais dificultam a vida aos seus pares.




No outro dia passei numa instituição por uma zona onde a funcionária de limpeza havia acabado de passar um pano no chão...
- Desculpe, nem reparei, estava mesmo desatento.
- Não tem mal.
Mais tarde, estava ela a limpar as casas de banho:
- Agora há pouco, não fiquei zangada consigo. Gostei muito da sua atitude, nem todas as pessoas tinham o cuidado de pedir desculpas... 
- Ah, está tudo, eu sei o que é trabalhar.
 Não é o facto de me achar bonzinho, é a merda do mundo em que vivemos, em que a senhora acha fora do vulgar, uma pessoa preocupar-se quando passa por uma zona acabada de limpar e pedir desculpas ou com licença.
Que raio, não é preciso ir à missa para valorizar quem trabalha. 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sugestão musical

Para as que bebem vodka preta e para os que bebem tintol até deixar os dentes roxos...
Mais uma que os eliminados da festa do Seixo não deixam ouvir. Siga com papa americano, ou lá o que isso é!

Dinheiro público, ensino privado

A questão é delicada. Bem ao lado do Seixo, o colégio de Calvão (lá está, não se chama escola) reclama para não lhe cortarem as verbas este ano.
O que joga a favor das escola privadas?

Aceita-se, regra geral conseguem bons resultados, trabalham bem os seus alunos. Costumam ter boas infraestruturas. Tinham um orçamento para este ano lectivo e o estado foi traiçoeiro, covarde. O presente ano lectivo foi planeado de acordo com a anterior legislação, mas a partir deste mês de Janeiro, e até Setembro, as escolas vão ter de governar-se, no máximo, com 90 000€ por turma. Antes governavam-se com 114 000€.
Há quem diga que o estado gasta mais por aluno da escola pública do que por aluno da privada (?!).
Apesar de terem alguma autonomia, os programas curriculares são os mesmos das escolas públicas, logo a uniformização do ensino está assegurada. Reconhece-se que as escolas privadas colmatam a ausência das públicas em certas áreas geográficas. Não são apenas frequentadas por classes mais favorecidas.


O que joga contra a luta das privadas? Coisa pouca.

Têm boas infraestruturas? À conta de quem? Muitas vezes do estado. Já o colégio de Calvão tinha piscina, ainda os miúdos da escola de Mira apenas sonhavam ter aulas de educação física com água, se chovesse.
O estado não deve contribuir com dinheiro dos contribuintes para as piscinas, o golfe e a equitação de alguns colégios privados. Quem quiser que os filhos tenham essas mordomias, que as paguem. Não podem os pais das escolas públicas a pagar impostos para os meninos de bem andarem a cavalo à borla. É caso para ir mais fundo e apurar o destino que é dado em alguns desses colégios aos dinheiros públicos. Pode ser boa altura para saber se todas as verbas destinadas aos professores chegarão ao seu destino ou se, em certos casos, o povo não andará a financiar, afrontando a Constituição, um ensino abusivamente selectivo e confessional, onde os professores têm, de novo só por exemplo, que "participar na oração da manhã na Capela". As escolas públicas também apresentam bons resultados escolares, com o grau de dificuldade maior de que não podem "escolher" os alunos que as frequentam. Não é tão claro assim que a escola pública saia mais cara.
Será legal os contribuintes financiarem a evangelização de uma confissão religiosa sob a capa do "ensino público", apesar de a Constituição determinar que "o ensino público não será confessional" (artº 43º, nº 3)?
A colocação de professores é um tema sensível. Querem dinheiros públicos, mas querem ser eles a colocar o amigo do pai do cunhado do tio a dar aulas. Concursos públicos são miragens. Querem compadrio, paguem-no. Já não chegam os lares de idosos financiados pelo estado onde só trabalha o afilhado do tio do irmão?


O estado só deveria financiar escolas privadas (com todo o gosto) se se provar que estas se encontram em áreas geográficas em que a oferta educativa estatal não cobre as necessidades duma determinada população. (É verificar se por exemplo o colégio de Calvão se encontra nesta situação).
Quem construiu escolas privadas nas proximidades de escolas públicas que tenha paciência. Quem quiser pôr o filho a estudar numa privada mesmo tendo uma pública por perto, que pague.
Mais uma vez devo recordar: não se pode permitir que dinheiros públicos financiem lucros privados.
Ou as escolas privadas andam aí por amor à causa, sem fins lucrativos?

Mas onde já se viu a escola de Mira demorar anos e anos a melhorar as infraestruturas, e o colégio de Calvão a fazer pavilhões como se fossem cogumelos a crescer nos pinhais?
Com o meu dinheiro não, obrigado.
Antes de pensar que todos os pais têm o direito a escolher a educação que quiserem dar aos seus filhos, vamos pensar na igualdade de oportunidades.

Mas onde é que já se viu meninos ricos a frequentarem colégios privados chiques de borla, à custa do pobre que ganha o salário mínimo e que só pode colocar o miúdo na escola da Pampilhosa da Serra (pior escola pública num ranking aqui há uns anos)?

Poderá ser assim hoje, à moda antiga,

Bons tempos, em que nem os me(r)dosos dos árbitros nas Antas, conseguiam parar o Benfica.

Vagos, tão perto de Mira...

«A vereadora Cláudia Oliveira, que exercia funções a meio-tempo na Câmara Municipal de Vagos e detinha unicamente o pelouro da Cultura, foi destituída de funções pelo presidente da autarquia, Rui Cruz.
A jovem museóloga, eleita nas listas do PSD nas últimas autárquicas, foi dispensada no passado dia 21, através de um despacho do presidente da Câmara, o social-democrata Rui Cruz.
A área da Cultura será assumida pela vereadora da Educação e vice-presidente da Câmara de Vagos, Albina Rocha, que havia, aliás, detido aquela pasta no anterior mandato.
O presidente da Câmara de Vagos diz que se trata de uma "questão interna" e recusou avançar pormenores. Vinca, contudo, que é dele a "competência de atribuir ou retirar pelouros aos membros do Executivo" e que faz sentido haver "reajustamentos" ao longo do mandato. Acrescenta, ainda, que "não está cerceado de fazer novas reformulações".
Os constrangimentos financeiros impostos pela crise e pela necessidade de ter verbas para investir pesaram na decisão. A "retracção profunda" em algumas áreas, nomeadamente, a da Cultura, foi "um dos argumentos" para que o Executivo vaguense presidido por Rui Cruz decidisse "cercear a actividade da vereadora", disse, sem esclarecer mais detalhes.
No programa de debate político da rádio local Vagos FM, o socialista Jorge Luís Oliveira elogiou a "qualidade do trabalho" desenvolvido por Cláudia Oliveira e criticou duramente a maneira como lhe foi retirado o pelouro. "Chega à Câmara para trabalhar e tem um e-mail a dizer que já não é a responsável pela Cultura", contou.»

No JN

E são os dois do mesmo partido, imagine-se se não o fossem.
Será que ela se recusou a executar alguma ordem/pedido do presidente?
E se a moda pega em Mira? O que se duvida, não convém despedir "trabalhadores" da maior entidade criadora de postos de trabalho do concelho, a seguir à...
Está um bocado desactualizado, o homem, podia ter demitido pelo "facebooker"!
Motivos económicos? Então mas quando se candidatou não sabia em que estado estava a câmara? Só tinha dinheiro para um ano e meio de salários?
Devia ganhar bem a senhora, a meio-tempo, para fazer tanta diferença no orçamento...

Nem eu sei do que é que trata

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Teatro no Seixo

Comecemos pelo importante: o teatro do Seixo foi um sucesso. Porquê? Tal como me dizia um amigo que também costuma ser actor da secção por carolice, o objectivo principal foi alcançado. Foi conseguido porque toda a gente se riu. Tendo em conta que a peça era uma comédia, a constatação de que se atingiram os objectivos é óbvia. Ou nem por isso. Devo lembrar que assisti ao lado dum senhor na casa dos 50 anos, que não largou um sorriso, o que não significa que não tenha gostado. Só que a sua resistência (o senhor até tem bom humor) para se deixar levar pela riso geral, apenas se pode justificar por uma razão: na ideia dele o Seixo merece mais do que uma peça em que se passa a segunda parte a fazer graçolas com peidos e com piadolas de "pensava que estavas morto, afinal estás vivo"! Havia qualidade no elenco para mais. Pode ter sido uma estratégia para fazer chegar o teatro a toda a população, de todas a idades, mas essa ânsia de conseguir a transversalidade social da peça, acaba por deixar de parte quem queria assistir a uma comédia num patamar um pouco superior ao de Batanetes ou Malucos do Riso. Não é pedir muito. Ninguém pede nada de intelectual de mais. Nada disso. Mas peidos não.
Sejamos honestos, fazer uma comédia a girar à volta da problemática da flatulência, abusando do cómico de situação (vivos que se pensavam mortos) é algo ainda mais bimbo, mais simplório e mais boçal do que Malucos do Riso.
Tentar que uma peça seja transversal, que toque a toda a população, é tão difícil como fazer com que a manta tape os pés e a cara. E essa dificuldade, é tida em conta e respeita-se. Neste caso optou-se por baixar o nível e tapar os pés. Pode ser que duma próxima vez se aposte em tapar a cabeça.
Há peças que se conseguem ver duas vezes, mas neste caso eu pergunto, quem consegue ver piadas saloias sobre "tracks" duas vezes seguidas? Eu conheço indivíduos com menos de 12 anos que certamente o façam!
Os apartes actuais, condizentes com a realidade do Seixo foram bem conseguidos, excepção pelo menos àquele aparte final com um suposto Bispo que estava na plateia (que valha-me Deus! Sim, posso ser católico e não herege), que não foi mais do que um momento subserviente, bacoco e paroquial, ao mesmo tempo, triste.

Todo o teatro acaba por ser um paradoxo, o preço, uma exorbitância, como se fossemos ver uma peça produzida pela companhia profissional O Bando, de Palmela. Se se pensaria que o preço poderia elitizar o público alvo, engane-se, pois apesar de afuguentar os mais carenciados, consegue chamar aqueles idosos com as suas boas reformas que se desmancham a rir à mínima peidola largada do palco. É isto a terra dos pseudo-doutores?
Teatro direccionado para os idosos que ainda têm o rei na barriga. Os idosos que julgam que ainda andam a perpertuar a sua casta. Idosos que já ouviram falar ao de leve em pensões de 150 euros.

A todos os que participaram com esforço e dedicação e fizeram o que lhes foi pedido, há que enaltecer o que disse de início: foi um sucesso, todos se riram.

Outras maneiras de ver o teatro amador...Na Vela, Guarda, Portugal.

Por favor não tente fazer a comparação em casa.


«Ao que sei, a Vela sempre teve uma forte tradição teatral. Sei que teve mas não a sei contar. Mais perto de nós, quem não se lembra do Teatro à Vela e da sua "Taberna (En)cantada", que esteve em cena durante mais de dez anos, fazendo dezenas e dezenas de espectáculos? Mais do que teatro era uma festa colectiva, um hino à memória! E o Teatro à Vela fez mais peças, sempre ligadas ao imaginário da terra. Prestou um belo trabalho à cultura popular do concelho, sempre "dirigido" (ele não vai gostar disto!) por António Manuel Gomes, que tanto admiro secretamente. E que é um escritor de se lhe tirar o chapéu, que não liga pevide ao facto de o ser.
Eis que surge, há poucos anos, uma nova geração de amadores de teatro naquela aldeia. No fundo, são os "filhos" daqueles que faziam o Teatro à Vela. Chamam-se "Gambozinos e Peobardos", são jovens cheios de talento e vão estrear a sua nova peça "A razão da Viagem", no próximo sábado às 21.30 horas. Pelo programa,a coisa só pode ser divertida. Humor inteligente. A peça é dirigida por João Neca, a quem vi debitar um extenso texto quando ele tinha para aí uns sete anos, numa das sessões de teatro na Vela. A criança cresceu (cresceram todos os outros, que devem ter visto teatro pela primeira vez através do Teatro à Vela) e é agora o autor e encenador da nova peça. Um jovem criador que temos que seguir com atenção.
A Vela conseguiu que a tradicção teatral continue. E isso é um grande feito (vejam-se outros casos e outras aldeias onde o teatro, como prática, desapareceu.
Muita merda, Gambozinos, Peobardos e outros bichos imaginários.»
De  http://cafe-mondego.blogspot.com/2011/01/vela-que-nao-se-apaga.html

O ar é de todos, na versão real, Cascaishopping



Vai vai

"Sócrates não fala dos problemas eleitorais mas elogia meios tecnológicos!" Sic Notícias. Só se pode explicar isto se pensarmos que está integrado nos 2 milhões de portugueses que sofrem de distúrbios mentais.
É o equivalente a: "A vodka laranja está muito má, mas o gelo, é classe mundial, feito a partir daquelas águas cristalinas da Noruega que custam 4€ o litro no Jumbo."

 Presidente da TAP recebe por mês mais do dobro do que Barack Obama. Eu acho que tive dias em que ganhei mais do que os patrões do Académico. Eu e Fernando Pinto somos uns gatunos. Com a diferença de que eu é às vezes, o brasileirito é diariamente.


Se a Angel Merkl ganha menos que o presidente da Caixa Geral de Depósitos, significa que a Alemanha tem políticos de merda. Isto porque não têm poder (€) para atrair gente com qualidade à política.
Ah, no entanto eles são G8, nós somos: 
-"Empresta-me aí 10€ que a CGD não me deixa levantar dinheiro a esta hora!".

 Eh pá, dá-me a sensação que a malta à noite mete umas drogas "pra" dentro. De tudo o que está. Tenho de ver se há malta que me snife as minhas brancas para eu voltar a ter cabelo preto sangue puro lusitano. Até era mais saudável "pra" essa gente.


 Há mulheres q às vezes gostam de sair para sítios longe e desconhecidos pelo simples facto de poderem andar com o decote, com a mini-saia, com o comportamento lascivo, poderem dançar voluptuososamente em cima da coluna e meterem-se com toda a gente como sempre desejaram, sem ouvir comentários reprovadores das vizinhas e dos amigos. Não conhecem ninguém? Passam a conhecer, é garantido que 3 ou  4 gajos as abordem durante a noite.


Há uma frase standar que é denominador comum de todas as repúblicas da alta de Coimbra:
-Não dou dinheiro a xulos.
E pensam que estão a dizer uma grande coisa. Não seria elegante aqui enunciar a quantidade de xulos a que eles dão dinheiro no dia-a-dia. Mas que se há-de fazer, as palas nos olhos só lhes permitem ver para um lado!

O amor sim, mas sem dinheiro, emprego e contas pagas...é complicado

«Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.
Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.
Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?...»

De Miguel Esteves Cardoso, no Jornal Expresso.

Tratando de...

Um gajo deixa ser um imaturo, quando ao sair de casa em dias de aguaceiros, leva um chapéu de chuva em vez de andar infantilmente a correr e chegar às aulas e ao trabalho sempre com a roupa toda pingada. A sedimentação dessa maturidade chega quando um gajo passa a nunca esquecer-se desse acessório em qualquer lado.

 

Alguém me encontra os camaradas que se evadiram da prisão, abrindo as algemas como quem mete uma moeda no carrinho do Continente? É capaz de dar jeito para certas e determinadas situações. Dá-me ideia que há algemas de plástico com veludo para não magoar, que custam mais a abrir.

  

Então não é que o número de polícia não é só o número de telefone para ligar àqueles que só aparecem 1 hora mais tarde, não é só o número interno de cada agente, mas é também (descobri agora) o número da porta onde pessoas moram?


 Eh pá, tenham paciência, todos aqueles que usam "efectivamente" e "de facto" entreameado, palavra sim palavra não, só para parecerem mais seguros, credíveis e cheios de conhecimento. One time on the band camp, um colega meu do Académico que abusava com o "de facto", teve que ouvir de um cliente: 
-Olhe, ponha o facto no...


 Ao lado dum colega a olhar para o monitor perante os números 2228, 358:
- Os números são 2226 e 356.
- Olha cá, sem ofensa, tu não vês bem pois não?
- Realmente tenho essa noção.
- Mas tens óculos?
- Tenho, mas não costumo trazer. 
(Ah está bem, em casa é que estão bem. A informação correcta que se f...)