domingo, 31 de janeiro de 2010

Orçamentos


Orçamento - Pelo lado da economia não iremos ter acréscimos de receitas. A despesa é em grande parte de pessoal e de prestações sociais, logo é muito difícil e impopular mexer.

Bota-abaixo - Não é pôr o barco na Ria de Aveiro. Há gente neste país que acha que falar verdade é fazer bota-abaixo. Está tudo dito. Talvez sejam só ignorantes e irresponsáveis...

Exportar - Mais um orçamento, sem se falar em exportar para ganhar dinheiro e empregar pessoas.

Parlamento - Temos um parlamento caro, desmesurado em relação ao tamanho do país...

Presidência - Igualmente cara, parece um segundo governo. Ninguém fala em cortar despesas por aí.

Banco de Portugal - O governador do Banco de Portugal ganha mais do que o homónimo dos EUA. Disparidades ridículas.

Simbolismo - É claro que cortar nestas despesas todas não significa muito em termos de orçamento global, mas seriam coisas simbólicas que passariam uma mensagem de que o estado não é um austero consumista.

Obras - TGVs, auto-estradas, etc. Nós vamos endividarmo-nos lá fora construir parolices que não vão dar rentabilidade sequer para pagar os juros do empréstimo. Um crime.

Modas

Ouvi umas notas (ou barulho) disto no outro dia e lembrei-me do Verão. Lembrei-me ainda da pluralidade e diversidade de música na Festa do Seixo 09 (e outras anteriores)... De democracia tem pouco... e quando assim é, realmente não tenho que aturar esta espécie de música, diariamente, de meia em meia hora... Quando precisar de ouvir isto, sei onde são os carrinhos de choque.
No entanto só agora reparei nas gajas do videoclip... ao menos isso...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Tudo o que está...


Pistachos - É uma iguaria cara. No café, um pacotito custa 80 cêntimos e não traz nada. No supermercado traz mais quantidade mas é sempre mais de 2 euros, da Califórnia.
Há uma solução, no Ulmar (uma cadeia de supermercados) eles têm pistachos do Irão, e baratos.

Haiti 1 - Um dos lados da ilha Hispaníola, é a prova de que os franceses também colonizaram mal. Os franceses foram lá pôr os queixos para quê? Arriscaram alguma caravela para descobrir alguma coisa?

Haiti 2 - A prova de que a teoria de Darwin não é descabida. Quem está mais apto, sobrevive. Selecção natural. O curioso é que estas catástrofes só se abatem sobre os mais fracos (Katrina num estado pobre dos EUA, tsunami na zona da Indonésia, etc...) Houve um sismo no ano passado na Itália, está bem. E há sempre no Japão, mas já estão preparados.

Vidigueira - Bom vinho... E gente solidária, em vez de abrirem GIPs, distribuem o mar pelas aldeias... Será mesmo?

Esporão 87 - Também é do Alentejo, mas não é de Vidigueira. Pelos vistos é bom vinho...
O Mats Magnusson gosta e faz muito bem. Qual é o problema? Podia era cuidar-se melhor, para 46 anos...

Haiti 3 - "O sismo do Haiti foi um claro resultado de um teste da Marinha americana". Palavras de Chavez. A sério? Tem paciência. O corte da RCTV deve ter sido um míssil americano sobre a antena parabólica em Caracas.

Plano de actividades - Já li o plano de actividades da junta do Seixo para 2010... Obviamente já comento... Dentro de momentos...

A vida


O casal na casa dos 19 ou 20 anos senta-se, ele pede um fino, ela não ouve o pedido dele e pede um café.
Vem o fino e o café e ela: "Vais beber um fino, também quero uma cerveja!". "Olhe, não há ninguém que queira este café?"
"Não!!!!!"
Passados uns segundos: "Olhe, mas o café não dá para ir para trás?"
"Não!!!" (mas com o pensamento, "tem paciência, onde é que já se viu o café ir para trás!!!!?????").

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Vidigueira, bom vinho do Alentejo


Numa terra em que se produz alguma coisa:

Jornal de Notícias – 26JAN2010

Autarcas reduzem salários em 10%

Os autarcas eleitos e os nomeados da Câmara Municipal de Vidigueira decidiram ontem, segunda-feira, numa medida inédita em Portugal, reduzir em 10% os seus salários, como forma de contribuir para o aumento do vencimento dos funcionários que auferem o salário mínimo nacional.

Anteontem a autarquia tinha tornado pública, outra decisão sem precedentes na vida autárquica, ao aumentar as subvenções de 40 trabalhadores, que tinham de ordenado base 450 euros, passando os mesmos a receber 532 euros.

Ao JN, Manuel Narra, presidente do Executivo municipal, justificou que esta tomada de posição está "dentro do mesmo pacote" e visa sustentar em termos orçamentais a medida aplicada aos trabalhadores, "contribuindo para o equilíbrio orçamental" da edilidade. Lembrando que o aumento salarial, que vai custar 50 mil euros/ano aos cofres da Câmara, o autarca sustentou que a redução dos vencimentos "não chega para cobrir a totalidade da decisão". "Trata-se, porém, de um sinal de que queremos contribuir para combater a crise", salvaguardou.

O autarca da Vidigueira, também vogal do Conselho Directivo da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (AMBAAL), defende que a classe política "deve ser aquela que se posiciona melhor para dar o exemplo". E lança um desafio a outros autarcas e políticos em geral, no sentido de "seguirem o exemplo", dos homens e mulheres da vila alentejana.

O edil recorda que "face à crise instalada na Grécia foram tomadas medidas idênticas", sustentando que, em Portugal, se "devia seguir" o mesmo caminho.


Só para quem quer. Ou para quem tem consciência...


Sobre bola?

Todos já sabíamos mais ou menos o conteúdo do que se tratava nas escutas. Já tínhamos lido as transcrições. Mas ouvido, é diferente, as entoações, as interjeições, o tom de voz, trazem a confirmação daquilo que muitos sabiam e outros querem encobrir.
É voyeurismo ouví-las no youtube? Talvez... Mas é tão voyeurismo como ir ver qualquer vídeo na internet, ou assistir ao Big Brother. Será violação do segredo de justiça? Não, pois o processo já estava arquivado, mas claro que colocá-las na internet, não deixa de ser reprovável. Claro que o processo já está tratado, a justiça (?) já julgou e isto não vai acrescentar nada.
Compreendo que judicialmente, o conteúdo das escutas não chegam para incriminar ninguém... Também não era isso que realmente interessava, o que importava era que se parasse de fazer estas podridões, mas como não vejo os intervenientes a demitirem-se ou a pedir desculpas, não há garantias de que esta maneira de estar no desporto irá acabar.
Toda esta sujeira só para o clube A ganhar, ou o clube B não perder, envolve algum dinheiro, sim, mas não deixa de ser a feijões. Se a feijões (desporto) é assim, como será noutros sectores da sociedade portuguesa onde o que interessa sim, é o bem estar do povo?
A vantagem de terem sido divulgadas? O povo tem que saber, o cidadão tem que conhecer, para se rodear de bagagem para poder opinar, para poder exigir uma sociedade melhor. Não tenho dúvidas do que se passava nos anos noventa. E agora na década passada, que não precisavam tanto, continuaram a utilizar jogo sujo, como seria quando necessitavam?
O Benfica deixou de receber oficialmente sujeitos corruptos (no plano desportivo) no seu camarote. Não vejo diferenças entre a luta livre americana e o resultado de alguns jogos.
Continuo a ver bola sim, mas de maneira distante, valorizando apenas os artistas... O resto, quem ganhou ou perdeu, passou a ser relativo.
Agora sim, não há nada a negar. Só tem vergonha na cara quem pode... quem não pode, não faz mal, viva Portugal.
O Sporting continua a receber essa gente, resultado: é o elo mais fraco. Afinal o Dias da Cunha tinha razão, havia um sistema... muitos sportinguistas snobs, gozaram com o homem.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A Acta

Como secretária da assembleia já aceitou ser. Talvez seja porque sabe escrever e tal. Talvez seja porque sendo mulher, não se adaptaria a certos trabalhos que seriam exigidos, se fizesse parte do executivo (será preciso enumerar esses trabalhos?). Por esse prisma aceita-se. Eu sou o primeiro a dizer que é impossível a total igualdade de géneros no sector profissional. Homens e mulheres não conseguem desempenhar todas as tarefas de igual forma e com a mesma eficácia.
Não deu para perceber porque é que o Movimento Independente não propôs uma lista para a mesa da Assembleia. Eu avanço uma hipótese, o facto de saberem que perderiam e de sentirem que nem o único do PS os apoiou na votação minutos antes, desacorçou-os. E pronto, lá ficou uma mesa toda laranja, também.

Ficámos a saber pelo líder do Mais que :"a oposição está, neste início do mandato, com um espírito construtivo, pronta a colaborar na resolução dos problemas das pessoas e a contribuir para o engrandecimento da nossa terra que é o Seixo. Os membros da oposição não esquecerão as pessoas que confiaram o seu voto e serão uma voz representativa dos seus anseios e necessidades perante esta Junta, conscientes de que não podem desistir de lutar pelos interesses dos Seixenses, nem deixar de recorrer às mais altas instâncias, caso seja necessário."

Às mais altas instâncias? Eh pá, isto não é para brincadeiras!

Falou-se na "cena" de realizar actividades vs apoiar, e referiu-se que o povo do Seixo foi sábio, justo e soberano.
Soberano foi, não há dúvidas que o povo decidiu.
Justo, talvez, à imagem da justiça portuguesa.
Sábio? Não acabei de dizer que a população adulta portuguesa tem défices enormes de literacia e qualificações? É que isso costuma estar de mãos dadas com a sabedoria. Para ser justo e soberano, é necessário conhecer. Sábio? Se o povo votou numa paridade inexistente, não é lá muito sábio, pois não? Talvez tenham confundido com uma aldeia da Noruega...

Fica por saber, qual será o papel que solitário cor-de-rosa irá desempenhar...

Ps - Para inglês ver. No século XIX, os ingleses, com ideias iluministas, aboliram a escravatura e estavam empenhados em que outros países fizessem o mesmo. O Brasil dependia economicamente da Inglaterra mas não queria abandonar a escravatura. Então fizeram uma lei em que rejeitavam a escravatura, mas não a cumpriam, era só para inglês ver.

Ps - Ou será que depois do auge manuelino, portugal estava a fraquejar, e para não darmos parte de fracos, e não parecermos vulneráveis, tentávamos manter ostentação e riqueza de fachada na costa brasileira que era nossa, para quando os barcos ingleses que se aproximavam do Brasil ficassem com a ideia de que o nosso Império continuava firme e hirto?
Para inglês ver, paridades...

A Acta


Já está disponível na internet a acta da primeira reunião da Assembleia da Junta relativa ao novo mandato que acaba em 2013.
Tanta luta, tanto celeuma, tanta atitude beligerante para tornar as actas mais disponíveis a todos os cidadãos interessados e agora ninguém comenta? Sim, eu sei que as actas já estavam disponíveis, em suporte de papel, e que bastava só subir umas escadas para as consultar, etc, etc. Uma utopia! Agora sim, estão mais disponíveis. E só não digo totalmente disponíveis porque como se sabe, a baixa qualificação da população adulta portuguesa, não permite que todos estejam em pé de igualdade para o exercer duma cidadania consciente e esclarecida. Nem todos têm a sensibilidade de saber mexer no rato. Basta constatar que existem concelhos no interior do distrito de Coimbra que têm adultos entre os 30 e os 40 anos que se encontram em processo de alfabetização! Sim, pessoas que nasceram depois do 25 de Abril e que estão a aprender a ler e a escrever.

Adiante, o importante é que finalmente a acta está à disposição de sujeitos estranhos à panela. Ui ui, que escandalizados que ficam... Mas alguém que não pertença ao cerco habitual, poderia consultar aquilo (subir as escadas) e continuar a ter uma vida social (e profissional?) normal?

Do que se tratou a reunião?
Eu faço o resumo: serviu para se concluir que a lei da paridade é uma treta. Fácil de contornar. Foi só para inglês ver.
A única mulher que conseguiria facilmente fazer parte do executivo da Junta, não agiu propriamente, com muita honestidade política. Atenção, não ter demonstrado muita honestidade política não é crime, logo não há difamação, logo tenham paciência.
Quando um sujeito se candidata a uma lista é porque se encontra numa fase da vida em que lhe é possível servir o povo. Muitos recusam fazer parte duma lista, por isso mesmo, porque se encontram indisponíveis para servir...não é vergonha nenhuma. Agora, candidatar-se, ser eleito e recusar-se, para ficar na retaguarda, ou para obedecer a superiores, é feio. Mais, nem sequer teve solidariedade para com outras senhoras (de feminista teve pouco), pois poderia ter votado na outra sujeita que foi proposta. Ah, mas não era do mesmo partido. Aliás, nem o líder do PS apoiou a proposta mais pluralista do Movimento Independente. Incrível. E lá ficou o executivo só com homens.
(cont)

O que está...


Turismo - O presidente da Empresa Municipal de Turismo de Coimbra, Luís Alcoforado, diz na imprensa, que nos meses de Verão passaram 6o mil turistas pelos postos de turismo da cidade. Se ele o diz, não o quero contrariar, que o homem até é meu professor. Eu tenho visto menos turistas que em anos anteriores. Pronto está bem, trazer este ano os U2 e a Race of Champions para Coimbra, não deixa de ser um bom trabalho.

Bolonha - Tem um 1º ciclo e um 2º ciclo denominado de mestrado. Isto é nem mais nem menos do que a antiga licenciatura dividida. Mas o 1º ciclo não comtempla estágio.

Nabos - Os Carapelhos têm a Confraria do Nabo, para quando a Confraria da Melancia no Seixo? Está bem, pode ser a da Batata.

ANMP - A Associação Nacional de Municípios Portugueses querem referendo para a regionalização. Porque será? Não há lugar para os amigos todos? Arranja-se uma nova plataforma administrativa para lá os colocar.

Inversão de responsabilidades - No ensino Superior as Bolsas chegam atrasadas, mas o pagamento das propinas é exigido para efectuar matrícula. Porque é que não é o Estado a dar o exemplo de bom pagador?

Utilidade - Dissertação em "Variação de parâmetros fisiológicos, bioquímicos, hormonais, e imunitários em nadadores e remadores numa época desportiva." Mais um doutoramento, desta vez em Ciências do Desporto e Educação Física.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Os Boys do Guterres


A QUESTÃO que agora se põe é a seguinte: por que razão estas pessoas apareceram todas na política ao mais alto nível pela mão de António Guterres?
A explicação pode estar na mudança de agulha que Guterres levou a cabo no Partido Socialista.
Guterres queria um PS menos ideológico, um PS mais pragmático, mais terra-a-terra.

Ora estes homens tinham essas qualidades: eram despachados, pragmáticos, activos, desenrascados.
E isso proporcionou-lhes uma ascensão constante nos meandros do poder.
Só que, a par dessas inegáveis qualidades, tinham também defeitos.
Alguns eram atrevidos em excesso.
E esse atrevimento foi potenciado pelo tal deslumbramento da cidade e pela ascensão meteórica.
QUANDO o PS perdeu o poder, estes homens ficaram momentaneamente desocupados.
Mas, quando o recuperaram, quiseram ocupá-lo a sério.
Montaram uma rede para tomar o Estado.
José Sócrates ficou no topo, como primeiro-ministro, Armando Vara tornou-se o homem forte do banco do Estado – a CGD –, com ligação directa ao primeiro-ministro, José Penedos tornou-se presidente da Rede Eléctrica Nacional, etc.
Ou seja, alguns secretários de Estado do tempo de Guterres, aqueles homens vindos da Província e deslumbrados com Lisboa, eram agora senhores do país.
MAS, para isso ser efectivo, perceberam que havia uma questão decisiva: o controlo da comunicação social.
Obstinaram-se, assim, nessa cruzada.
A RTP não constituía preocupação, pois sendo dependente do Governo nunca se portaria muito mal.
Os privados acabaram por ser as primeiras vítimas.
O Diário Económico, que estava fora de controlo e era consumido pelas elites, mudou de mãos e foi domesticado.
O SOL foi objecto de chantagem e de uma tentativa de estrangulamento através do BCP (liderado em boa parte por Armando Vara).
A TVI, depois de uma tentativa falhada de compra por parte da PT, foi objecto de uma ‘OPA’, que determinou a saída de José Eduardo Moniz e o afastamento dos ecrãs de Manuela Moura Guedes.
O director do Público foi atacado em público por Sócrates – e, apesar da tão propalada independência do patrão Belmiro de Azevedo, acabou por ser substituído.
A Controlinvest, de Joaquim Oliveira (que detém o JN, o DN, o 24 Horas, a TSF) está financeiramente dependente do BCP, que por sua vez depende do Governo.
SUCEDE que, na sua ascensão política, social e económica, no seu deslumbramento, algumas destas pessoas de quem temos vindo a falar foram deixando rabos de palha.

É quase inevitável que assim aconteça.
O caso da Universidade Independente, o Freeport, agora o ‘Face Oculta’, são exemplos disso – e exemplos importantes da rede de interesses que foi sendo montada para preservar o poder, obter financiamentos partidários e promover a ascensão social e o enriquecimento de alguns dos seus membros.
É isso que agora a Justiça está a tentar desmontar: essa rede de interesses criada por esse grupo em que se incluem vários boys de Guterres.
Consegui-lo-á?
Não deixa de ser triste, entretanto, ver como está a acabar esta história para alguns senhores que um dia se deslumbraram com a grande cidade.

Por José António Saraiva, director do Jornal Sol

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Os Boys do Guterres


O PROCESSO chamado ‘Face Oculta’ tem as suas raízes longínquas num fenómeno que podemos designar por ‘deslumbramento’. Muitos dos envolvidos no caso, a começar por Armando Vara, são pessoas nascidas na Província que vieram para Lisboa, ascenderam a cargos políticos de relevo e se deslumbraram. Deslumbraram-se, para começar, com o poder em si próprio. Com o facto de mandarem, com os cargos que podiam distribuir pelos amigos, com a subserviência de muitos subordinados, com as mordomias, com os carros pretos de luxo, com os chauffeurs, com os salões, com os novos conhecimentos. Deslumbraram-se, depois, com a cidade.Com a dimensão da cidade, com o luxo da cidade, com as luzes da cidade, com os divertimentos da cidade, com as mulheres da cidade.

ORA, para homens que até aí tinham vivido sempre na Província, que até aí tinham uma existência obscura, limitada, ligados às estruturas partidárias locais, este salto simultâneo para o poder político e para a cidade representou um cocktail explosivo. As suas vidas mudaram por completo. Para eles, tudo era novo – tudo era deslumbrante. Era verdadeiramente um conto de fadas – só que aqui o príncipe encantado não era um jovem vestido de cetim mas o poder e aquilo que ele proporcionava. Não é difícil perceber que quem viveu esse sonho se tenha deixado perturbar.

CURIOSAMENTE, várias pessoas ligadas a este processo ‘Face Oculta’ (e também ao ‘caso Freeport’) entraram na política pela mão de António Guterres, integrando os seus Governos. Armando Vara começou por ser secretário de Estado da Administração Interna, José Sócrates foi secretário de Estado do Ambiente, José Penedos foi secretário de Estado da Defesa e da Energia, Rui Gonçalves foi secretário de Estado do Ambiente.T odos eles tiveram um percurso idêntico. E alguns, como Vara e Sócrates, pareciam irmãos siameses. Naturais de Trás-os-Montes, vieram para o poder em Lisboa, inscreveram-se na universidade, licenciaram-se, frequentaram mestrados. Sentindo-se talvez estranhos na capital, procuraram o reconhecimento da instituição universitária como uma forma de afirmação pessoal e de legitimação do estatuto.

(cont)

in Sol, o jornal.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Trata-se


Face Oculta - É triste e motivo de desconfiança, a pressa com que se manda destruir as escutas. É o que a lei diz? Mas a lei não diz que tem que se destruir a correr.

Inquisição - É curioso que nem a Inquisição destruía as provas. Hoje é possível reconstruir e consultar processos do santo ofício, com quase 500 anos. Daqui a 5 séculos estarão cá as escutas do Sócrates?

Segredo de Justiça - É lamentável a sua violação? Pois é, mas sem o seu rompimento, não chegávamos a saber nada de nada. Ficávamos a saber dos coitados que pilham galinhas. Dos que roubam capoeiras, silêncio absoluto.

Coimbra - Buenos Aires tem Tango? Nova Orleães tem Jazz? Coimbra tem a Canção de Coimbra. Poucas cidades mundiais se podem gabar de ter um estilo de música.

Injustiça - Como é que duas pessoas na mesma empresa que cumprem e desempenham a mesma função podem ter diferenças de 300 euros de salários só porque um tem o 12º ano e o outro 9º? O que interessa não é a produtividade?

Professores - Do acordo entre sindicatos e a Ministra da Educação há a retirar que todos vão progredir na carreira independentemente de haver vagas ou não. Até os professores da Universidade para progredirem têm que esperar que outros se retirem e reformem. Isto é uma bomba orçamental que vai deixar em cacos a despesa pública.

Despesa pública - Que por acaso já representa 45% do PIB. Que se lixe - Os sindicatos da função pública exigem aumentos e progressões. Querem lá saber se o Estado pode ou não pode! Numa empresa privada há aquela concertação e empatia entre patrões e empregados porque sabem que ninguém deseja a falência da empresa. Na função pública dá cá o aumento e que se f....

Trata-se


Municípios - Correm o risco de não pagare aos funcionários neste mês. Conversa fiada. No fim pagarão na mesma. Mas este susto pode servir de aviso, à podridão. Nunca ouviram falar em fundo de maneio? É uma quantia que se põe de lado para estas situações. Não se pode depender totalmente do estado.

Valas - Valas há muitas. E andam cheias de água. Tanta gente que podia ir para a vala. E Gregory Colbert? Andam muitos por aí.

Plano de actividades - Já alguém leu o do executivo do Seixo? Ou são todos uns preguiçosos da leitura?

Contas - Já houve algum almoxarife que se chegasse à frente com as contas da festa de 2008?

Festa do Seixo - Claro que a música depois do baile não pode agradar a todos. Tento ser eclético e respeitar os gostos de toda a gente. No entanto reconheço que há música que só baixinho é que suporto ouvir, e mal. Existe pouca pluralidade, multiculturalismo e democracia no facto de 3 ou 4 sujeitos monopolizarem o tipo de música toda a noite e impingi-la aos outros durante 4 ou 5 horas. Claro que não me importo de ouvir aqueles, electros, houses, música morangos com açúcar e outras músicas tipo pastilha elástica de Verão (mastigar e deitar fora), mas tenham paciência, há mais música no mundo.

Buída - É que a buída nem sempre é motivo suficiente para manter ali o pessoal: uma boa música, com volume adequado, em que se possa conversar, também cativa.

Da mamã - É triste ver aquela birra "a aparelhagem é minha, sou eu que escolho a música". Parecem aqueles meninos que jogam sempre só porque a bola é deles. E no entanto o Seixo não é de todos. Basta ver as atitudes, a maneira como certos sujeitos se movimentam, não é preciso ser um Boaventura de Sousa Santos para se aperceber destes fenómenos.

Claro e limpo - Quem explorou o bar de apoio à actuação da secção de teatro da ACR?

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Educação (cont)



29 de Junho de 2014
Aquabei o 10º ano. Não foi muituh difícil só tive que aprender-mos a não exqureverem quom aberviaturas purque nem todas as palavras xe puderam aberviar mas ixtu foi uma bequa para o quompliquado purque quom esta sena do QU em vex de K e das aberviaturas exqueceramme de quomo é que se faxião os verbuhs nos tempuhs e nas pexoas, ou lá o que é... Mas a prof disse tass bem que no prócimo anuh a gente vê ixu.

29 de Junho de 2015
Passou o 11º ano. Foi mais fácil que o 10º. Aprendi que as frases devem ser mais qurtax. E aprendi também que "ano" não esqureve "anuh". Axo que no prócimo ano vai ser mais difícil. Purque a xeguir é a faquldade.

29 de Junho de 2016
Acabou o 12º. Fiquei buéda confuso porque tive de aprender a diferenxa entre usar o QU e o C, tipo "esCrever" e não "esQUrever". Quando eu usava o K era buéda mais fácil... A prof de português é buéda religiosa e anda a ouvir vozes de deus, porque dixe-me que eu não merexia passar, mas "xão ordens lá de xima"...

29 de Junho de 2017
Já fiz o primeiro ano da faculdade. Estou em ingenharia cevil na universidade lusófona. Tive um stor buéda mal iducado que me disse que eu era um ignorante porque às vezes escrevia com X em vez de CH, S ou C. Mas o meu pai veio cá com uma moca de rio maior e chegou-lhe a rôpa ao pelo. E depois fomos fazer queixa do gajo e a ministra despediu-o porque o gajo, não sei quê, parece que quis vir estragar aqui um muro nosso. Mas não sei essas senas. O meu pai é que me explicou uma cena qualquer de "danos murais"... O que é bom é que a ministra da iducação continua a mandar aqui nestes sócios da faculdade para eles não levantarem a garimpa contra nós.

29 de Junho de 2019
Acabei a minha licenciatura porque a ministra da iducação disse que tinhamos que passar sempre mesmo que não tivessemos notas, para não ficarmos astigmatizados. Acho que é uma cena que dá nos olhos quando se estuda muito. Agora vou fazer um mestrado e disseram-me que, quando acabar, vou ficar mestre. Eu quero ser de Kung-Fu.

29 de Junho de 2021
Já sou mestre. Afinal não sou de Kung Fu, sou de engenharia cevil. Os meus profs disseram que eu não devia estar em mestrado porque ainda não estava preparado, mas eu disse que o meu pai tinha uma moca de rio maior e que era amigo da ministra e já tinha mandado um bacano da laia deles para a rua e eles calaramsse. Agora vou fazer um doutoramento, porque a ministra da iducação diz que se não deixarem um aluno fazer o doutoramento só por causa das notas, ele fica com a auto-estima em baixo e isso perjudica a aprendizajem.

29 de Junho de 2023
Sou doutor. O meu orientador da tese ficou muito satisfeito porque eu já não dou erros ortográficos: ao longo destes dois anos, aprendi a escrever "engenharia civil" em vez de "ingenharia cevil" e também porque aprendi que a ministra é da "educação" e não da "iducação", mas lê-se assim. Entretantos casei. A minha dama chama-se Sónia e os pais dela ficaram muito felizes por ela ir casar com um doutor em engenharia civil. Ela não sabe ler nem escrever: só fez até ao 2º ano da licenciatura e depois foi trabalhar para o Minipreço. Já tá grávida.

29 de Outubro de 2023
Nasceu o meu filho! Chamei-lhe Júnior porque ele é mais novo que eu.

29 de Agosto de 2029
O Júnior vai fazer 6 anos daqui a 2 meses. Devia entrar para a escola este ano, mas estive a pensar muito bem e não o vou pôr na escola. Ele não precisa daquilo para nada, aprende em casa. Eu ensino-lhe a ler, que sou doutor, e a mãe ensina-lhe a fazer contas, que é caixa no Minipreço. A escola não vale nada. Acho que o sistema de ensino hoje em dia é uma m*rda.
No meu tempo é que era bom.

Educação


Isto é um texto não real que circula por aí mas que pode muito bem simbolizar a evolução de um aluno ao longo do sistema formal de ensino português. Esta geração um dia vai julgar os responsáveis pela treta do ensino inclusivo e contextualizado:
(cuidado com os palavrões, pode ficar ultrajado)


29 de Junho de 2009

paçei o 5º anuh. A p*ta da stora de mat, k é a nossa dt, n m kria deixar paçar pk eu tnh nega a td menus a ginástica, pk jogo bem há bola, e o crl... mas a gaija f*deu-se puke a ministra da idukaxão mandou dizer ao ppl k penxam q mandam aí nas xkolas masé pa baixarem os kornos k tds os socios com menos de 12 anus teiem de paçar... axu bem.

29 de Junho de 2010
passei o 6º anuh. ainda bem q ainda n fiz 13 anus, q ódpx podia n passar, qesta cena de passar com buéda negas é só até aos 12... f*da-se, fiquei buéda f*dido na m*rda deste ano, e ó c*ralho, o pan*leiro do stor d educassão física deu-me a m*rda do 2... assim tive nega a tudo... ainda bem q a ministra da iduqaxão é porreira, ela é q é uma sócia sbem: a xqola n serve pa nada, é uma seca. tive q aprender que os K's se escrevem Q, qomo em "xqola" e não "xkola", e que "passar" não é qom Ç... a xqola é porreira só pa qurtir qas damas qd gente se balda...

29 de Junho de 2011
Passei o 7º ano. Exte anuh ia chumbando pq tive nega a qase td menos a área de projetuh, mas aqela cena tb é facil, n se fax nd... Exte anuh a dt disseme q eu passava pq tinha aprendido qas fraxex qomexam qom letra maiúscula e pq m abituei a exqrever qom Q em vez de K, tipuh agora ja xei xqrever "eu qomo qogumelos qom quentruhs" em vez de "eu komo kogumelos kom kuentruhs". É fixolas, pode xer qum dia venha a ser um gamela famôzo...

29 de Junho de 2013
Passei o 9º ano. Foi buéda fácil, pqu a prof paxou-me logo. Fui ao quadro xqurever uma sena em qu dezia tipuh "aquela janela", e eu exqurevi "aqela janela", pqu dixeram-me qu n se xkqureve "akela", é quom Q e não quom K. Mas a profs desatinou quomiguh e dixe qu eu tnh qu pôr o U à frente do Q... Pur ixu exte anuh aprendi qu o Q leva U à frente. No próximuh anuh é o 10º, vou pá sequndária...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Janeiradas


Serra da Estrela - Há quem defenda que não pode ter nem um dia a estrada cortada. Na pior das hipóteses devem poder subir à serra os carros que tenham correntes e tracção às quatro rodas. O constante corte de estradas parece-me um crime contra o turismo da serra e de Portugal, isto tendo em conta que nos Alpes e Pirinéus as estradas nunca ficam totalmente fechadas.

Desemprego - A autarquia de Mira tem um Gabinete de Inserção Profissional, que realmente, constitui uma mais valia. Serve para aconselhar, informar e direccionar as pessoas que se encontram na sempre difícil desorientação do desemprego. O desemprego também chegou a Mira...
2 mil euros por mês mais regalias... Já ouviram falar em optimização dos recursos financeiros e humanos? Tudo uma hipocrisia.

Doutorices - Gosto do curso História de Arte. Doutoramento com tese em "A heráldica do exército na República Portuguesa no século XX"... e pronto, sai mais um doutor. Mas este é daqueles a sério, não é dos que sai nos jornais com o nome já de nascença. É pena é que produtividade para o país seja pouca.

Desemprego 2 - Podia-se abrir o gabinete no pólo 2 da Zona Industrial de Mira. E por falar em tecido industrial, piri-piri, só consumo o do Maçarico e farto-me de apregoar aos 4 ventos a todo o país, que azeitonas recheadas com pimento, só vindas da Praia de Mira. Há que fomentar a indústria local...

Lar de idosos - Vi no blog da Jornal da Caserna um atrasado mental a pôr em causa qualquer cidadão que não tenha contribuído para o Lar do Seixo. Tem paciência: não há ninguém que não tenha contribuído. Eu estou a cagar na casa de banho (perdão, a defecar, assim fica com mais classe, os doutores não dizem essas palavras) e estou a pagar 20% de IVA sobre o valor papel higiénico. E poderei passar a pagar 21%.

Lar de idosos 2 - 60% do Lar foi feito pelo Estado, o IVA vai para o Estado, logo... (esta conclusão fá-la qualquer pessoa com pensamento abstracto e formal). Os outros 40%? Uma parte foi dada por emigrantes que tiveram que procurar trabalho fora, para os fidalgos ficarem cá a trabalhar comodamente a tomar conta daquilo.

Lar de idosos 3 - Num país em que 2 milhões de portugueses são pobres (logo não podem contribuir mais do que aquilo que já contribuem através do IVA), cheira a parvoíce alguém achar que faz parte dum núcleo restrito que edificou algo. Faz lá as contas melhor.
Sobre critérios de admissão, dava um testamento.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Novas Oportunidades


O objectivo dos Centros de Novas Oportunidades é a qualificação da população activa portuguesa (alcançando habilitações literárias mais elevadas). Um dos sub-objectivos é alargar a existência dos cursos profissionalizantes de nível secundário para 50% da oferta total, porque o ensino não tem que ser todo direccionado para a doutorice. Veja-se o exemplo da Alemanha ou Holanda em que muitos jovens saem com o 12º ano a saber já qualquer coisa sobre exercer algumas profissões.
Tem-se como certo que cidadãos mais qualificados são mais produtivos (dentro das suas empresas), mais interventivos civicamente e com um grau de empregabilidade superior, daí a origem do Programa Novas Oportunidades.
Segundo a OCDE, o crescimento do PIB em Portugal poderia ter sido em média mais 1,2 % todos os anos entre os anos 70 e 90 se os nossos níveis de escolaridade estivessem equiparados à média da OCDE; A nível da OCDE estima-se que mais um ano de escolaridade contribui para aumentar a taxa de crescimento anual do PIB entre 0,3 e 0,5 pontos percentuais; (retirado de http://www.universidade-autonoma.pt/sites/CNO-UAL/includes/documents/Apres_Novas_Oportunidades_Balanco1.pdf, em 3/01/10).

Que os adultos nos tempos imediatamente a seguir à conclusão com sucesso do processo de RVCC, se encontram com uma maior auto-estima, uma maior auto-valorização e com uma maior satisfação para com a sua vida, talvez seja já um dado adquirido, mas cabe à área da psicologia, incidir mais sobre a questão.
Mas qual será o impacto que a passagem com sucesso de adultos nos processos de RVCC (uma das ofertas educativas existentes para adultos) trará nas suas vidas nos planos económicos, cívicos e profissionais? Será que ao fim de 6 meses da obtenção do certificado (tanto do básico como do secundário):
Conseguiram um aumento da remuneração laboral?
Obtiveram uma progressão na carreira profissional?
Mudaram de emprego?
Se estavam desempregados, inseriram-se no mercado de trabalho?
Passaram a enviar mais currículos e a irem a mais entrevistas de emprego?
Sentem que são mais produtivos na empresa?
Passaram a ter como objectivo futuro, a criação da sua pequena empresa?
Aumentaram a leitura de livros e jornais?
Passaram a participar mais em movimentos cívicos, associativos e de colectividades?
Se não exerciam o direito de voto (político e não só), estarão mais sensibilizados para não desaproveitar esse direito?
Passaram a ter mais interesse na monotorização do percurso escolar dos filhos?
Terá tido um impacto positivo no investimento dos adultos na escolarização dos filhos? (Um estudo da ESEC revela que sim.)
O sucesso escolar dos filhos terá aumentado?
Já existem estudos a decorrer para aquilatar estas questões.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

E quê?


Académico - Parabéns. 27 anos a receber a estudantada. Tomara muitas mini-micro empresas terem na sua hierarquia, gente que se norteia por princípios e valores tão fundamentais.

Trabalho - O duro. Aquele que deixa o tempo das pessoas preenchido. Aquele que deixa as pessoas logo a dormir assim que chegam a casa. Aquele que impede as pessoas de ler aquele livro que tanto gostavam. Aquele que impede as pessoas de acordarem a 100%. Aquele que não permite as pessoas a irem àquela hora àquele local.
Eu respeito esse trabalho, ao contrário da parolice portuguesa de idolatrar o trabalho da conversa e afins.

Trabalho2 - Quem trabalha tem que pagar impostos... E quem não quer trabalhar? Tem que receber impostos?

Rock in Rio - Uma fantochada que serve para meia dúzia de pessoas facturarem milhões de euros às custas de uns totós que pouparam todo o ano para deixar 100 euros dentro de um recinto tinhoso. Trata de quê?

Personagens - Portugal tem personagens, daqueles que bebem uns copos no café e ficam "variados". Ainda agora estou a apreciar um. Que cromo.

Trabalho e personagens - E depois há quem receba 500 euros de subsídio de desemprego, surge-lhe um trabalho mas como só vai ganhar 450 euros, mais vale ficar em casa... Não está a fazer nada mas tenta-se instruir? Aceder a novas formações? Procura ofertas educativas? Não. Fica em casa... e um dia a Segurança Social rebenta.

São Tomé - As festas. É mesmo verdade que ainda não apresentaram as contas das festas anteriores? Em que terra já vi isso acontecer?

Tudo o que está...


Angola (selecção) - Grande arranque, grande Flávio (que testa que ele tem!). Apanharam-se a ganhar por 4, chegaram a pensar que eram algum Barcelona. A questão é que os jogadores do Barcelona, Real Madrid e Sevilha estavam do lado do Mali.

REN e EDP - O espelho do país em matéria de não assumir responsabildades. Se não pagam a luz alguém vai lá cortá-la. Quando é ao contrário (devido ao mau tempo), a inércia é total.

Angola (país) - Se o país não é seguro não se fazia lá a CAN. O Togo foi para casa e fez muito bem. Jogadores num autocarro a ver colegas a serem mortos algum dia ficam em condições de competir?
José Eduardo dos Santos, o símbolo da podridão, já fez o que tinha a fazer numa situação destas? Já agora, quando vai a eleições?

Sporting - Já mexe, se vier o Pedro Mendes, começam a impor respeito. O Everton não lhes será fácil.

Casamento entre homossexuais - Não é bem um casamento. É um meio casamento porque não ficaram com os direitos e deveres totalmente iguais aos casamentos heterossexuais. A adopção é só uma alínea diferenciadora. Mas os solteirões que não conseguem manter uma relação podem adoptar. Esses são equilibrados.

Estrada cortada - Já se sabe porque é que a rua da Creche tinha o trânsito interrompido! Custou assim tanto contar o porquê? Fiquem lá com a vossa informação restrita ao círculo elitista.

Estrada 109 - Nunca me lembro dela, mas cada vez que passo por lá entre Mira e o Seixo fico bem consciente do Município em que estou a circular! Não há paciência para aquele espectáculo.

Conselho do Seixo - Parece uma grande ideia teórica para uma dinamização e sensibilização para uma maior participação cívica de TODA a população. Será constituído por todas as colectividades e movimentos da Freguesia. Faça-se já a lista delas. Na prática? Na prática não será transversal, não abrangerá todos, e mais uma vez o seixense comum (aquele que não está inserido numa panela daquelas à moda antiga) ficará de fora. Mas já foi pior.

Lar de idosos - Eu sei as famílias e as pessoas que não vão para lá trabalhar. E tu?

Logotipo da freguesia - Interessante. 3 pessoas a decidir será pouco. Claro que não é preciso ser licenciado em Estudos Artísticos, mas se a qualidade das propostas for muito boa, parece redutor 3 pessoas serem o júri. Pode sair dali um símbolo para o futuro e para a história. Também sei quem não irá ganhar. Não é preciso ser adivinho, nem um Boaventura de Sousa Santos. A ver vamos.

O que está é o que é...


Autarquias - Devem 750 milhões de euros a construtoras. Demoram em média 6 meses a pagar às empresas de construção civil. É esta mentalidade de endividamento tranquilo que vai matando todo o futuro dum país. A mim não me ensinaram a ficar a dever... São educações...

Nuno Gomes - Contra o Nacional da Madeira entrou e segundos depois fez passe para golo. A classe é isto. Nem todos a têm.

Passagem de ano - Uma noite normal, sem loucuras despesistas. Com menos 30 euros dá para fazer a festa. Tudo depende do local e da companhia. Alguém sabe para onde vão os restos, as garrafas encetadas e as garrafas por abrir? E o espinhaço de porco? Quem fica com ele?
Boa década a todos.

Gripe A - É a "prova provada" de que o empolgamento e a prioridade das notícias são moldadas pela imprensa. Tanto se falou da gripe e agora até parece que nem existe.

Neve - Em Coimbra ainda caíram uns flocos no Domingo de manhã. Fica tudo em pantanas neste país quando neva um bocadito. E as casas sem meios e estruturas de conservação de temperaturas? O que vale é que só dá frio 2 meses a sério. Por isso se fazem casas à Verão. Lã de vidro? Só se for agora no século 21.

Teatro - Não fui ver o teatro do Seixo. Não posso dar que fazer a tudo. Há limites da minha omnipresença e quem sabe, omnisciência. Não duvido que tenha sido um espectáculo de qualidade. Se me sinto diminuído intelectualmente por não ter ido assistir? Se sou menos culto ou mais bronco por não ter assistido à peça? Tenham paciência. Se eu podia viver sem teatro? Podia, mas não era a mesma coisa, por isso conto com o TEUC, o CITAC e o TAGV.
São mesmo 300 contos por actuação?