terça-feira, 9 de agosto de 2011

Seixo, uma grande instituição cooperativa com contrato de associação, mas sem fins lucrativos até ver.

Tenhamos em presença os seguintes números da cidade de Coimbra muito profícua em escolas particulares cooperativas com contrato de associação em parceria com o Estado. No ensino público nesta cidade, 40 % dos alunos recebem apoio do Estado, têm subsídios, ou seja 40% mostraram através dos rendimentos dos pais, que eram pessoas necessitadas. No entanto, apenas 3% dos alunos que frequentam as escolas privadas ao abrigo do contrato de associação com o Estado recebem apoio dos nossos impostos, ou seja só 3% dos alunos são necessitados.
O facto das escolas privadas apoiadas pelo Estado, assegurar a igualdade é treta pois os meninos ricos em Coimbra frequentam as privadas para ter todas as mordomias, sustentados por quem também tem que pagar a escola pública aos "pobres".
Bem sei que a realidade do Colégio de Calvão não será exactamente esta até porque não existe essa disparidade entre pessoas ricas e pobres na nossa área, como há numa cidade.

E o Seixo realmente é uma grande instituição cooperativa com contrato de associação sem fins lucrativos até ver, porque tem inúmeras iniciativas, estabelecimentos, actividades em que se lança "sozinho", com a ajuda do povo (sem ser inteiramente estatal) mas do qual não dispensa a atençãozinha da Junta, da Câmara, do governo, no fundo, do Estado. Não se questiona aqui os meios, pois são nobres, que serão o desenvolvimento do Seixo, o defender os interesses dos seus cidadãos, desenvolver a educação, a assistência social, a promoção de uma maior qualidade de vida ao povo não descurando a vertente desportiva, cultural e da saúde, etc.
O que leva a que se possa designar de instituição cooperativa com contrato de associação são os fins. E os fins não passam do desejo de tentar alavancar-se no ascensor social, às custas da ingenuidade/caridade do povinho e das ajudas do Estado, que afinal, também somos nós.
O Seixo faz lembrar o colégio de Calvão que precisa de ajudas do Estado, mas não quer que o Estado meta o bedelho nos seus assuntos internos, tais como a escolha dos seus colaboradores. Para esse peditório, estamos nós fartos.
Quase todas as instituições/associações do Seixo dependem directamente do Estado, mas depois, adquirem uma ingente autonomia em que internamente nomeiam para os cargos quem bem lhes apetece, obedecendo a uma cadeia de favores e de favorecimentos que vão desde critérios de origem familiar, passando por nomeações de asseclas e de tristes sequazes, tapando os olhos do povinho ao recrutar também alguns títeres das classes mais desfavorecidas, mas que lá dentro não passam de serviçais que mais não são que yes man. Esta gente que se pavoneia pelas ruas como se em tronos se sentasse, realmente faz obra e tem ajudado a desenvolver o Seixo, mas muitos outros mais humildes, menos sôfregos pelo protagonismo alcançariam os mesmos resultados e com menos sobranceria.
Ou seja, com menos paleio. Talvez porque se esquecem que estão a gerir o dinheiro dos outros. Talvez porque se esquecem que o Seixo é pequenino, e fazem figura de bacocos parolos.
Temos o exemplo de instituições público/privadas em que trabalham lá famílias inteiras!

Assim percebe-se o porque de no Seixo ter ganho o PP e PSD. E aí a maioria dos eleitores foi muito coerente com o que querem para o Seixo.
Querem um Seixo como uma grande instituição que faz parcerias com o governo, mas que tenha autonomia para que os seus ilustres mandantes se possam promover sem descurar de promover os seus entes queridos, tudo isto sem fins lucrativos... Para já!

Ou seja, um espaço onde através de dinheiros públicos se possa desenvolver a terra, mas ao mesmo tempo, e para quem possa entrar no círculo restrito (sim, porque no Seixo somos todos familiares uns dos outros, mas uns mais do que outros) ir governando a sua vida.
Basta ver quem são os emigrantes da nossa terra. E quem são as pessoas que vão fazendo a vida nas instituições locais.
É ver o grau de afinidade/amizade.

Nota - Não, os meios e os fins não foram confundidos.

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