domingo, 26 de dezembro de 2010

Trata

É por isso que nunca serei um drogado:
- Chega aqui, conheces alguém que me desenrasque 10€?
- 10 euros? (Eu para os meus botões: "Porra se me queres pedir dinheiro emprestado porque é que não me pedes a mim directo?")
- Sim, alguém que me possa orientar 10 euritos?
- Eu posso-te emprestar isso!
- Não é isso! É se conheces alguém que me venda 10€ de ganza? 
 - Ah! (Não conheço a linguagem de drogadito!)

  

A estudantada costuma ser boa clientela, educados, sabem estar, tirando a tesão do mijo dos mais miúdos que viram uma sala do avesso para tomar um café e um copo de água, só não percebo porque é que não têm capacidade mental para arredar as pastas, capas e batinas para um gajo poisar na mesa os finos e os cafés. Não conseguem enxergar que é preciso espaço para pôr os pedidos?
Os jardins suspensos da Babilónia não existem, não dá para deixar as bebidas suspensas no ar.
 

Não vi o debate entre Nobre e Francisco Lopes, mas num excerto de 30 segundos, pareceu-me, segundo eles que uma das condições necessárias para ser Presidente da República é já ter visto (vivido é secundário) pobreza ao vivo.
-Você já viu pobreza? Eu já vi meninos a correr atrás de galinhas com pão no bico.
-Eu sou duma aldeia do interior de Coimbra e já vi pobreza. 
 Quem dá mais?
  

Qual é a tara pelo açúcar??? Porque é que quem aparece na tv a comprar açúcar são os idosos diabéticos? Já nem me lembro da última vez que comprei isso. E as raparigas também não precisam, pois levam para casa os pacotinhos que não metem nos cafés. Agora percebo porque é que tinha um colega de trabalho que levava para casa os pacotes inteiros e os já encetados pelos clientes. Eu ficava doido é se faltasse alho, cebola, pipi-piri e azeite nas prateleiras.
  

"No futebol o que hoje é verdade, amanhã é mentira", esta frase de Pimenta Machado condiz mais com a moda! Nos anos 90 andar com botas de plástico, as galochas, era sinónimo de indigência, de trabalhar na lavoura de Paulo Portas. Eu gostava de as levar pras valas cheias de água a ver se vedavam. Agora parece que é fashion passear de botas de plástico. Colocam-se umas flores e umas cores airosas e pensam que ficam giras. Tenham paciência.

 
Ir ao hospital continua a ser um exercício de autoflagelação do meu humor. Não tem nada a ver com o glamour da Anatomia de Grey nem do Serviço de Urgência.
- Não pode entrar assim.
- Está bem, está bem. Do que é que trata? (falando e caminhando como o caranguejo).
- Tem que vestir uma bata. 
E lá vesti a bata, estive lá 5 min, no fim, pus no cesto para lavar.

 

Sem comentários: