quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Encontros imediatos com a GNR de Mira ao Domingo à noite:

-Os seus documentos e os documentos da viatura:
-Da viatura estão aqui. Meus, não tenho ramo de documentos, sou ali do Seixo e faço vida em Coimbra, vim cá hoje e deixei tudo lá, e gosto daquele albúm dos Manu Chao, o Clandestino!
-Quem é este senhor (nome do registo de propriedade)?
-É o meu pai, é casado com esta senhora (eu a mostrar a Voz de Mira, com o nome e morada da minha mãe como assinante, situação ridícula).
-Bebeu bebidas alcoólicas?
-Ora bem, almocei um bacalhau com muito alho, comi um cachito, bebi duas médias, uma mini preta e duas minis brancas. Depois comi uma sopita só para aconchegar.
-Hum... Quando foi isso?
- As bebidas foram durante o jogo do Benfica, há 2 horas.
- E digestivos?
- Que é isso? Brandys par dentro? Não, mas de vez em quando vendo uns Crofts, entremeados com umas caixas de TDT, e mais raramente umas CRF, que são muito caras.
(Lá soprei, tinha menos de 0.5, mas o gajo nem me mostrou!)
-Mas tem mesmo carta, não está apreendida nem nada?
-Olhe, para dizer a verdade, não encontro o documento há 2 meses (na realidade há uns 2 anos)...
-Há dois meses?! E ainda não tinha sido fiscalizado?
-Mas quê, isto de fiscalizações é diário? Eh pá, a minha vida não é vir a Mira ser fiscalizado dia sim dia não!
(Lá assinei os 30 euros de falta de documento e ganhei uma ida à Loja do Cidadão tirar a segunda via da carta, mas esta já deve indicar que posso andar de scooter.)
O agente foi impecável pois acreditou no nome que lhe dei, que era o verdadeiro claro.
-Olhe boa noite, e boa sorte na procura pelo busto do Visconde da Corujeira roubado debaixo das suas barbas (se é que vos interessa essa investigação)! Obrigado.
(Se não aconteceu, poderia ter acontecido!), como diz o Inimigo Publico!





Continuação ao outro dia:
‎2ª via do documento carta de condução = foto mais 30 euros! Serviço público é isto!
Um reparo, o tempo de pausa duma funcionária foi um bocado mais comprido do que em qualquer empresa privada.
Sim, eu era o 140, e fiquei com a boca aberta e já ia no 141. Mas está lá no papel, tolerância de 3 números, logo não tenho que ouvir:
-"Estava distraído?"
Não pá, entre o 129 e o 137 foi uma vida, entre o 137 e o 140, não estavam lá os camaradas a reclamar a vez e eu não vi pq estava ler o jornal (o que não deixa de ser com a boca aberta).

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