quarta-feira, 29 de julho de 2009

Partes sem saber




Quem impõe que este blog seja assim? O país, a corja política. O número de nacionais e de imigrantes que têm vindo a abandonar o país não pára de aumentar. Só não se põe mais gente a andar (nadar) daqui para fora por não terem ou não saberem para onde ir. Nos tempos da ditadura, nas aldeias despovoadas pela emigração só ficavam os que não serviam para emigrar. Estamos quase na mesma, com a diferença que passaram mais de 3 décadas e todas as esperanças murcharam com os cravos. Esta é a realidade do Portugal actual: um país bom para fugir daqui para fora. As estatísticas dizem (ao contário dos governos) que Portugal está mais pobre, mais velho, mais despovoado, mais estagnado, mais precário, menos fecundo. Falta saber se chegámos ao fundo ou se ainda é possível piorar. Para os que ficam neste pobre país, paira o espectro do desemprego, o fantasma do endividamento, a sombra da desigualdade, a abantesma da crise permanente. Há quase 100 mil jovens desempregados em Portugal, jovens sem presente e de futuro incerto e a classe política troca risinhos e dichotes, tricota as suas intrigas e manobra por um lugarzinho ao sol, a atenção privada de algum lóbi, os favores particulares de algum grupo de interesses. Nenhum jovem com qualidade hoje, vai para um partido político!
O que os governantes em Portugal estavam mesmo a pedir era que os governados lhes pregassem uma grande partida. Uma bela manhã acordavam e não estava cá ninguém. Tinham fugido todos para as estatísticas da emigração. Sempre queria ver quem pagava depois a conta.

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