Grandes mistérios do Seixo - Jornal da Caserna

Na nova rúbrica "Grandes mistérios do Seixo", vamos explorar o enigma que é o blog " Jornal da Caserna" do pseudónimo João Sousa.

Segundo a sondagem, pode concluir-se que João Sousa tem as mesmas probabilidades de ser um homem ou uma mulher, com mais de 30 anos (não é que estou ilibado automaticamente?), talvez alto, independente de partidos, algo parvo mas paradoxalmente fino, inteligente e casado. Muitas pessoas ficam ansiosas à espera de ler os seus novos poemas, talvez seja da área das letras e talvez não tenha mais nada que fazer.
Uma coisa não deixa dúvidas, os seus poemas não deixam indiferente muita gente do Seixo, e o número de visitas que a sua página recebe é a prova disso. Tem levantado algum celeuma é verdade, tocando em alguns assuntos sensíveis, mas mesmo tendo como subterfúgio o anonimato, acaba por tocar essas matérias apenas pela rama. Parece que mesmo não tendo que mostrar a cara, há sempre algo que ele gostaria de ter dito e que acaba por não dizer. Isto porque se nota ali alguma precaução em não levar as coisas longe de mais, isto porque o espectro do seu anonimato ser descoberto, paira sobre a sua cabeça. Talvez ainda não tenha conhecimento que mesmo o Miguel Sousa Tavares não conseguiu arrancar o nome do autor do blog que o acusava de plágio, à operadora de internet em causa, e que por isso, João da Caserna apenas se tem que preocupar com os comentários que lá deixam, que possam ser menos dignos.

Ou João da Caserna é alguém muito sensato, que tem uma visão priveligiada da realidade do Seixo pois parece estar colocado à distância certa dos factos e dos lobbys, que lhe permite opinar com certo grau de imparcialidade e independência, ou João Sousa é um Yes Man, que sempre viveu como o menino de bem, do sistema, alinhado, e que encontrou no anonimato do seu blog a maneira de se travestir em menino rico de esquerda que faz birra aos papás, ou seja, poderá ter encontrado no seu blog a sua válvula de escape para aquilo que sempre gostaria de ter dito toda a sua vida, mas que com medo de perder estatutos sociais e de ser colocado fora dos círculos decisores e de comando, nunca o conseguiu dizer.

Estou à vontade de dizer isto porque não sei quem é ele (suspeito), e como tenho a impressão de que ele não vai muito à bola comigo, sei que que ele não se me vai revelar, nem se vai importar muito com isto.
Dito isto, tenho que lhe reconhecer o mérito de pensar e escrever em verso o que é algo que nunca me seduziu (mesmo tendo que saber interpretar poemas nas aulas de português), apesar da poesia ser uma parte da cultura que eu respeito muito, e imagino o engenho e arte que será necessário possuir para escrever assim.
Será que ele compra tabaco no Café Amado?