terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Outras maneiras de ver o teatro amador...Na Vela, Guarda, Portugal.

Por favor não tente fazer a comparação em casa.


«Ao que sei, a Vela sempre teve uma forte tradição teatral. Sei que teve mas não a sei contar. Mais perto de nós, quem não se lembra do Teatro à Vela e da sua "Taberna (En)cantada", que esteve em cena durante mais de dez anos, fazendo dezenas e dezenas de espectáculos? Mais do que teatro era uma festa colectiva, um hino à memória! E o Teatro à Vela fez mais peças, sempre ligadas ao imaginário da terra. Prestou um belo trabalho à cultura popular do concelho, sempre "dirigido" (ele não vai gostar disto!) por António Manuel Gomes, que tanto admiro secretamente. E que é um escritor de se lhe tirar o chapéu, que não liga pevide ao facto de o ser.
Eis que surge, há poucos anos, uma nova geração de amadores de teatro naquela aldeia. No fundo, são os "filhos" daqueles que faziam o Teatro à Vela. Chamam-se "Gambozinos e Peobardos", são jovens cheios de talento e vão estrear a sua nova peça "A razão da Viagem", no próximo sábado às 21.30 horas. Pelo programa,a coisa só pode ser divertida. Humor inteligente. A peça é dirigida por João Neca, a quem vi debitar um extenso texto quando ele tinha para aí uns sete anos, numa das sessões de teatro na Vela. A criança cresceu (cresceram todos os outros, que devem ter visto teatro pela primeira vez através do Teatro à Vela) e é agora o autor e encenador da nova peça. Um jovem criador que temos que seguir com atenção.
A Vela conseguiu que a tradicção teatral continue. E isso é um grande feito (vejam-se outros casos e outras aldeias onde o teatro, como prática, desapareceu.
Muita merda, Gambozinos, Peobardos e outros bichos imaginários.»
De  http://cafe-mondego.blogspot.com/2011/01/vela-que-nao-se-apaga.html

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