sábado, 25 de junho de 2011

Uma corja é uma corja e um vintém é um vintém.


"Desta vez os agricultores que pedem a demissão do ministro da Agricultura quando há cheias, ou seca, ou o tempo não tem nada que se lhe diga, foram completamente ultrapassados: às 14,06 horas do dia 21, acabara o Governo de tomar posse e os novos ministros ainda estavam a cumprimentar-se uns aos outros, já a Lusa divulgava a notícia de que António Galamba, governador civil de Lisboa, exigia a demissão do Governo.
Galamba ouvira anunciar a extinção dos governos civis e só teve tempo de ligar-se ao Facebook para se demitir ele próprio e reclamar a demissão do Governo, pois o fim dos governos civis irá afectar "indirectamente, os cidadãos" e "directamente os bombeiros e forças de segurança". Galamba só se esqueceu dos candidatos dos partidos do Governo derrotados em eleições autárquicas, que deixarão agora de ter para onde ir.
Nos anos 60, os proprietários de tabernas de Bustos, Oliveira do Bairro, dirigiram ao presidente da Câmara um requerimento, de que tenho por aí cópia, reclamando o alargamento do horário para depois da meia-noite. Tudo, obviamente, no interesse da freguesia; assim a modos como os empresários reclamando hoje "subsídios" e "apoios", não no interesse das suas empresas, mas só com o generoso intuito de criar postos de trabalho. E a coisa terminava: "A bem da Nação/ Os taberneiros de Bustos".
Porque me terei eu lembrado desta história quando li notícia da Lusa das 14,06?"
Por Manuel António Pina, JN.

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