Sócrates e Barrocas

Acabou a votação sobre quem irá ser o 1º Ministro eleito no sufrágio deste ano. Foi uma alarvidade de votos. 718 votos! Não, mais a sério, só 21 pessoas votaram e uma delas fui eu. Não cheguei a perceber se as pessoas votaram no que pensam que vai ganhar as eleições, ou se votaram naquele que irão escolher nas urnas mais para o fim do ano. De qualquer maneira as conclusões a tirar é que como 28 % acham que vai ganhar o Sócrates, as pessoas estão resignadas, sabem que não há nada a fazer. Com um jumento talvez ficaríamos melhor servidos. 14 % acreditam na revolução, no golpe de Estado. Chamem-me que eu vou, teríamos que convencer os militares, mas esses calam-se logo quando o governo lhes acena com um aumentozinho no salário. Em 1974 os militares estavam fartos de apanhar na guerra de ultramar, era diferente. Se fosse para colocar Henrique Medina Carreira a Presidente ainda melhor, para limpar a porcaria desta Federação (deste país) como disse em 1994 Carlos Queiróz. As outras respostas ficaram mais ou menos (não tenho cá o SPSS) a mesma quantidade de votos. Ninguém acreditou num possível clone de Salazar, nem no Manuel Alegre. Mas há quem acredite no José Pinto Coelho, na anexação à Espanha, no não doutor nem engenheiro, no Santana Lopes, na Ferreira Leite e num gajo de Alfama. Mas acreditem, o país tem que fazer 180º, nem que para isso todos votem em branco. Basta de Ti JULIOS! Como é que o tio do Sócrates se chama Júlio? Incrível. A nova votação é sobre o mistério da fonte das Barrocas, um mistério que vem desde os anos 90, talvez 1996. Eu era miúdo, daquilo que me lembro é que a requalificação da fonte era recente e que alguém a danificou. Mas o meu nome chegou a ser conotado com o caso devido a um artista que se fosse hoje se calhar se iria arrepender de falar demais.