segunda-feira, 18 de maio de 2009

Novas Oportunidades



“Tenho a certeza de que este programa é um dos mais importantes para que o país vença o défice de qualificações", argumentou (José Sócrates) na sede da Associação Empresarial de Penafiel, após a cerimónia de entrega de diplomas a 84 pessoas que concluíram a sua formação no âmbito do programa Novas Oportunidades.
O primeiro-ministro salientou que "as consequências da crise económica fazem-se sentir na elevação do desemprego", mas frisou que "não há melhor forma de responder a essa situação do que aumentar as qualificação dos portugueses".
Lembrando que neste momento estão inscritos cerca de 800 mil portugueses no programa Novas Oportunidades, o primeiro-ministro disse que em 2006 e 2007 o país certificou, no âmbito desta iniciativa, mais pessoas do que em entre 2001 e 2005. "O nosso objectivo é que todas as pessoas que não têm o 12º ano e estão a trabalhar aproveitem esta oportunidade para obterem uma formação que lhes permita ir mais além".


Uma formação que lhes permita ir mais além de quê? Receber a qualificação "póstuma" para continuar a fazer e a ganhar o mesmo? A melhor forma de combater o desemprego é aumentar a qualificação dos portugueses? Ou seja, para diminuir o desemprego, a solução passa por entregar diplomas a torto e a direito? Não será melhor baixar os impostos, aumentar a exportação, diminuir a importação, apoiar "piquenas" e médias empresas e fomentar os cursos profissionalizantes específicos que dão equivalência ao 12º ano? As pessoas aprendem em 6 meses o que outros (não) aprenderam em 6 anos? Quando o governo tem que apresentar à Europa uma quantidade enorme de pessoas qualificadas num espaço de tempo limitado, ou seja quando está obcecado com os números e não com a qualidade é sempre de desconfiar. Porque nisto de Educação e Formação de Adultos tem que se dedicar a cada sujeito, o tempo necessário que cada um necessita. Cada adulto tem o seu ritmo, que tem que ser respeitado, e não convém criar-lhes falsas espectativas. Esta coisa das novas oportunidades é algo que me começa a enojar, e só não bato o pé porque este dinheiro mal aproveitado vem da Europa e não vem do meu bolso e dos meus impostos. A única coisa que as Novas Oportunidades e os CNO podem trazer é satisfação pessoal (que pode ajudar a diminuir o consumo de anti-depressivos), não estou a ver um grande desenvolvimento da empregabilidade. Mas um dia destes farei um post a sério a desmistificar as Novas Oportunidades.

1 comentário:

Anónimo disse...

Há pessoas que andam a ser enganadinhas mas preferem andar assim... É isso e gabarem-se de andar em universidades privadas.