segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A Educação e Formação de Adultos em Portugal


A educação e formação de adultos em Portugal tem conhecido desenvolvimentos positivos porque objectivamente, comparando os níveis de escolaridade da população, estão mais elevados actualmente do que por exemplo na década de 60 em pleno Estado Novo, devendo-se não só a um ensino convencional (direccionado para crianças e jovens) mais democrático mas também a uma maior abrangência dos programas de educação e formação de adultos. No entanto, “é pelo menos decepcionante” o ritmo a que aumentou a taxa de escolarização da população entre 1960 e 2005, segundo o relatório do estudo citado anteriormente. Outro dado que elucida desenvolvimentos positivos na educação e formação de adultos é a despesa do Estado em educação em percentagem do PIB ao longo dos anos. Quando se fala em despesa em educação obviamente compreende-se que dentro dessa despesa está contemplada uma verba para educação e formação de adultos, logo é pertinente analisar a despesa em educação no geral. Segundo o portal de informação estatística Pordata, criado pelo sociólogo António Barreto, em 1972, ainda no Estado Novo mas já com Veiga Simão no Ministério da Educação, a despesa em educação em relação ao PIB foi de 1.4 por cento, sendo que em 2009 essa despesa situou-se na casa dos 5.2 por cento. Este facto ganha mais relevância se pensarmos que a taxa de crescimento do PIB per capita era geralmente superior nos anos 70 do que por exemplo na última década em Portugal, o que revela grande preocupação do Estado em relação à educação (e consequentemente em relação à educação e formação de adultos) porque há um esforço maior canalizado para a educação pois com menos verbas disponíveis, tem-se investido mais. No entanto há que ter em conta que grande investimento em educação não se traduz sempre num sistema de ensino de grande qualidade porque apesar de Portugal não ficar atrás da média dos países da OCDE no que concerne ao investimento no sistema educativo, este não apresenta resultados tão satisfatórios como nos outros países da OCDE.

1 comentário:

Anónimo disse...

tantos finos ali mesmo à mão ... e eu aqui cheiinho de sede!!!