segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A Acta


Já está disponível na internet a acta da primeira reunião da Assembleia da Junta relativa ao novo mandato que acaba em 2013.
Tanta luta, tanto celeuma, tanta atitude beligerante para tornar as actas mais disponíveis a todos os cidadãos interessados e agora ninguém comenta? Sim, eu sei que as actas já estavam disponíveis, em suporte de papel, e que bastava só subir umas escadas para as consultar, etc, etc. Uma utopia! Agora sim, estão mais disponíveis. E só não digo totalmente disponíveis porque como se sabe, a baixa qualificação da população adulta portuguesa, não permite que todos estejam em pé de igualdade para o exercer duma cidadania consciente e esclarecida. Nem todos têm a sensibilidade de saber mexer no rato. Basta constatar que existem concelhos no interior do distrito de Coimbra que têm adultos entre os 30 e os 40 anos que se encontram em processo de alfabetização! Sim, pessoas que nasceram depois do 25 de Abril e que estão a aprender a ler e a escrever.

Adiante, o importante é que finalmente a acta está à disposição de sujeitos estranhos à panela. Ui ui, que escandalizados que ficam... Mas alguém que não pertença ao cerco habitual, poderia consultar aquilo (subir as escadas) e continuar a ter uma vida social (e profissional?) normal?

Do que se tratou a reunião?
Eu faço o resumo: serviu para se concluir que a lei da paridade é uma treta. Fácil de contornar. Foi só para inglês ver.
A única mulher que conseguiria facilmente fazer parte do executivo da Junta, não agiu propriamente, com muita honestidade política. Atenção, não ter demonstrado muita honestidade política não é crime, logo não há difamação, logo tenham paciência.
Quando um sujeito se candidata a uma lista é porque se encontra numa fase da vida em que lhe é possível servir o povo. Muitos recusam fazer parte duma lista, por isso mesmo, porque se encontram indisponíveis para servir...não é vergonha nenhuma. Agora, candidatar-se, ser eleito e recusar-se, para ficar na retaguarda, ou para obedecer a superiores, é feio. Mais, nem sequer teve solidariedade para com outras senhoras (de feminista teve pouco), pois poderia ter votado na outra sujeita que foi proposta. Ah, mas não era do mesmo partido. Aliás, nem o líder do PS apoiou a proposta mais pluralista do Movimento Independente. Incrível. E lá ficou o executivo só com homens.
(cont)

Sem comentários: