segunda-feira, 8 de março de 2010

Voz de Mira


Uma das colunas que me faziam abrir a Voz de Mira e ler um artigo com algum interesse, eram os textos de Paulo Gabriel (se calhar é o director do jornal), cujo título era qualquer coisa como "Histórias do meu jardim à beira-mar plantado..." Não sei se o título era bem assim, o certo é que gostava de ler e entretanto foi extinto. Para minha satisfação, descobri que na última edição o senhor voltou a escrever.

Ainda na edição de 1 de Fevereiro destaco o lançamento de dois livros por parte de dois mirenses.
Não entendi a diferença de tratamento. Um, de Portomar, é tratado como Dr! O outro, do Seixo é tratado pelo nome próprio. Se não estou em erro o grau académico dos dois visados é o mesmo. Estão os dois nas páginas centrais, qual a razão para o tratamento ser diferente? Já sabem o asco e a abominação que tenho de em Portugal algumas profissões e o título académico precederem o nome próprio das pessoas. Para mais, quando nem sequer correspondem à realidade. No entanto ou chamavam aos dois, ou não chamavam a nenhum. Simples e cristalino.

O texto mais sustentado, mais completo, melhor estruturado da Voz de Mira é sem dúvida o de Raul Rocha (Dr.Raul Rocha, estou a brincar, nem ele como meu cliente me deixaria tratá-lo assim!). Mas estou a falar a sério quanto à qualidade dos seus artigos. Desta vez abordou a história política recente de Angola, sempre de uma maneira cuidada, bem escrita e a acrescentar qualquer coisa de novo. Ou não fosse ele um produto da Faculdade de Economia de Coimbra.

Por fim temos Manuel Miranda. Meu ex-professor de Filosofia. O homem que dava aos adolescentes de Mira, as primeiras luzes sobre metafísica, epistemologia, lógica, Friedrich Nietczche, Kant, etc. Agora, aposentado, está mais virado para a História. Lá conta ele que houve uma Igreja no Casal de São Tomé antes da Igreja Matriz de Mira. Depois faz a descrição pormenorizada das características da igreja do centro da vila onde se sublinha que é de estilo Barroco. Não censuro esta sobreposição de informação! Não se pode admitir que hajam mirenses que não saibam que a Igreja Matriz é arquitetonicamente Barroca.

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