quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sr. Luís Santarino, desta vez surpreendeu-me!


«Não consigo perceber como é que responsáveis autárquicos continuam a defender o que no século passado já não tinha sentido.

Portugal vai ter de mudar. Não adianta “atulhar” a linha de água!
Há uma necessidade absoluta de diminuir concelhos e freguesias. Algumas destas organizações foram centros de emprego para correligionários, amigos, familiares de amigos e até outras que eu não digo!
Não vale a pena desmentir o indesmentível.
Como parênteses, valeria a pena informar o povo pagante, da forma como nas empresas públicas os empregos eram “de arranjinho”! Chegava-se ao descaramento de não se conhecer o rapazinho ou rapazinha pelo nome próprio. Antes, eram conhecidos pelo filho de fulano, afilhado de beltrano, sobrinho de sicrano. O delírio!
Todos sabemos que a maioria dos autarcas de freguesia se comporta como “Regedores”! O POVO estar a pagar, para discussões acesas acerca de quem vai ser o tesoureiro ou o primeiro secretário da Junta, é um peditório para o qual já deu!
Não querer aceitar o óbvio, lamenta-se! Como se a “TROIKA” não se “estivesse bem a marimbar” para o que pensam os autarcas portugueses!
Torna-se evidente que, cortar nos concelhos e cortar nas freguesias, limita os poderes intermédios de alguns medíocres que acham que “serviço público” se confunde com a sua incapacidade.
O drama é mesmo este. Vai ter de ser resolvido. Sem ambiguidades, rápida e claramente. Trata-se de colocar nos eixos um País que andou a brincar “aos poderes”, e ao mesmo tempo, um “alargado número de analfabetos transformados em pequenos senhores feudais”. (Agora é que os irritei!)
Um serviço público, o serviço público, não é uma “guerra de capoeira”! O serviço público é algo de diametralmente oposto, cuja responsabilidade, este e governos seguintes vão ter de assumir em nome do desenvolvimento do País.
Diminuir Câmaras Municipais e Freguesias é um desígnio nacional. E deverá ser assumido por todos, pois se existirem hesitações, lá aparecerá a TROIKA, de régua, esquadro e tesoura, dividindo o País “em critérios” para os quais não contribuímos.
Passaremos a ser inteligentes, ou manter-nos-emos assim?
Os partidos políticos estão em polvorosa. Perder freguesias é perder secções partidárias, onde a troco de “uns copos, umas sardinhas e um porco às voltas” e umas promessas para não cumprir se compram votos; perder concelhos é acabar com organizações, cuja composição não é mais do que o somatório do que há de pior nas secções (leia-se copos, sardinhas e porco às voltas). Urge uma reestruturação administrativa e orgânica que não deixe lugar à incompetência e ao compadrio. Acabando com tal dá-se um passo de gigante para acabar com a generalidade de analfabetos e oportunistas; dá-se um passo de gigante para a evolução das cidades e do País.
Urge transformar Portugal.
Nota final: é só para quem enfiar a carapuça! Estou mesmo farto de aturar gajos que não conseguem “dizer carapau três (só 3) vezes”!»
No Diário das Beiras de Terça 12 de Junho de 2011.

Só não percebi essa dos carapaus.
Se quiser eu posso-lhe mostrar uns senhores feudais para corroborar o seu pensamento de que eles existem. Nesse sítio já nem se assiste muito a lutas de capoeira para ver quem é o tesoureiro ou o primeiro secretário da junta. Está tudo já previamente hierarquizado. E quem lá dentro ousar levantar a voz contra uns assuntos menos claros, marca-se um reunião da assembleia da junta para exonerar formalmente a pessoa em questão.
Viva o Seixo!

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