domingo, 3 de julho de 2011

Tudo o que está!

Ups, aspirei uma aranha! Espero que o "sindicato" dos direitos animais não me caia em cima e espero que ela não vá fazer teias lá dentro do aspirador!


Vale a pena ler um artigo de opinião do Diário de Coimbra de Quinta-Feira 30, dum tipo, professor universitário em Bruxelas sobre a banalização, e pouca qualidade dos cafés e restaurantes em Portugal. Começou bem a reflexão, mas acaba mal! Queria florzinhas nas mesas e 3 mil sobremesas nas cartas, não? Tem que reparar que essas coisas pagam-se, ou não pagará ele bem nos cafés em Bruxelas?


Sou o típico português, aquele que diz mal do seu país e mal da sua terrinha, mas não admite que venha um brasileiro qualquer dizer mal de Portugal, em que venha um gajo de Portomar dizer mal do Seixo. Só nós é que estamos autorizados a isso. Por isso é que compreendo a malta que não gosta do dono do Piano Negro (belga) a dizer mal de Portugal...
E é por isso também que sou crítico em relação aos empregados de mesa, mas não suporto muito quem goza com eles, ou os critica!
Sim, há problema geral, o copo de água faz parte da rotina do esquecimento, mas não é por mal.



Incomoda-me quando ao meu lado, numa esplanada cheia, chega um tipo com a sua namorada e mãe e irrompe obstinadamente como se estivesse ali há 7 minutos (garanto que se tinha sentado naquele momento):
-Olhe "faxavóre", dois cafés!
Trazem os cafés e eu continuo a almoçar descansado...

Mais tarde (ao tempo que lá estavam os cafés), chama a empregada:
-Este café não está bom, está muito aguado!
(E a minha francesinha começa a não me cair bem!)
Lá vem o terceiro café para a mesa.
Mais tarde, "quanto é?"
1,95€. Como foi atendido por mais que uma pessoa (as pessoas não compreendem q é melhor abordar apenas um empregado ao longo do atendimento), os funcionários não tomaram nota e estavam a cobrar 3.

Lá se entenderam, e obviamente pagou só dois. Mas a forma arrogante como explicou o assunto, a maneira de estar, faz-me pensar, há pessoas que para tomar a merda dum café fazem um espectáculo, que me faz me acreditar que deve ser para impressionar a companheira com o seu extraordinário poder de assertividade, que mais não é mais do que ser atrasado mental. E elas gostam... Do machão que sabe o quer!!!!


E agora? - Se eu sou de direita na Educação e de esquerda na Saúde, voto em quê?


Há dois dias sem telemóvel e estou a sobreviver.
E até estou a evitar o cancro no cérebro.



Portugal está um barril de pólvora de nervos e na Sexta tive saudades dos arrumadores de carros da Praça. Deixei o carro em 2ª fila enquanto trabalhava. Tentei estar atento, mas ficou a estorvar 2 carros de 2 famílias, com garotos.
-Desculpem (e fiz um ar que mostrava empatia com a situação deles).
Entrei no carro, surge um cota, parecia um macaco quase empoleirado na janela do meu carro a esbracejar:

-Isto não pode ser assim, nunca mais volta a fazer isso, à espera meia hora, com crianças.
Dei paleio humilde à tipo assistente de call center:
-Lamento imenso, peço desculpa. Lamento mais uma vez.
-Não quero saber de desculpas, para a próxima parto-lhe o carro todo... Blá Blá
(Aí já achei a cena desproporcional, estive para sair do carro e fazer peito, mas respirei fundo levei o carro para a Via Latina e contei até 10, regressando novamente para levar um panaché a uma rapariga que essa sim, estava à espera há algum tempo.)

E os resto dos adultos a acenarem a cabeça em sinal de reprovação com o meu desleixo. Nem me dei ao trabalho de lhe dizer que estava ali a trabalhar, "caguei" para o espectáculo que o homem fez. Ainda por cima tinha o carro aberto e destravado, já que queria parti-lo era só empurrar para frente ou para trás! As pessoas vêem um Fiat Uno, pensam que podem tratar o dono como querem! Amanhã vou buscar o Opel a Mira. Tenho dito!


Alguém que diga ao Alexandre Soares dos Santos, que a salsa poderia ser vendida em doses mais pequenas. Um gajo para uma refeição tem que comprar um ramo enorme, do qual vai usar umas folhas e depois o remanescente vai andar ao rebolão no frigorífico até ficar todo caducado. A sorte é que um gajo em Coimbra  conhece sempre alguém e acabei por dar metade do ramo a uns clientes do Académico, ou colegas da FPCE, nunca sei bem a diferenciação dessa linha ténue!


Conhece alguém, é como quem diz, no outro dia numa rua pouco movimentada, um senhor nos seus 50 anos ou mais, que realmente conheço de vista (mas não ao ponto de dizer olá, pelo menos foi o que o meu hipotálamo me disse), disse-me boa tarde, como se nos estivéssemos a cruzar na aldeia. Não sei se o conheço das cantinas, do departamento de Matemática, da FPCE, do Académico, ou dum quiosque qualquer!!

Sem comentários: