terça-feira, 29 de março de 2011

FAOJ: (Uuuuufa)... Custou mas foi



«Ainda bem que a situação daquele empreendimento começa, finalmente, a ficar resolvida.  

E digo começa, porque, como sabemos, está ali um bico-de-obra de tal ordem (bico-de-obra esse, que se traduz na necessidade de apreciável quantidade de recursos financeiros para pôr aquilo em ordem, já que o abandono a que aquele equipamento esteve sujeito, foi de tal magnitude - em termos de tempo decorrido e de negligência a que esteve votado - que, nos dias de hoje, se encontra absolutamente todo esgalhado), que o melhor mesmo, será não embandeirarmos em arco que é para, depois, não virmos a sofrer alguma desilusão.  

Quanto a mim, o mais sensato, razoável e eficiente, seria o presidente da câmara esforçar-se em conseguir um bom contrato de concessão (em que a câmara, não só não gasta, como, pelo contrário, "limita-se" a ir buscar) com quem, no mercado, tenha apetência e saber para dar brilho a tão extraordinário equipamento. A ver vamos quais vão ser, a este propósito, as intenções do edil, esse terrível, temível e pressionante negociador nato. Nato... de nato, e não Nato (Organização do Tratado do Atlântico Norte) por oposição ao Pacto... o que foi de Varsóvia.

Em todo o caso, e tal como já escrevi por várias vezes, só num concelho rico como o nosso é que foi possível o absurdo de ter um equipamento daquele calibre em absoluto estado de abandono vai para anos perdidos (seguramente, e por defeito, há uma boa dezena de anos).

Mas o passado já foi, e hoje, após apuradas, renhidas, violentas e intensas negociações (se os Americanos e os Russos, no tempo da Guerra Fria - NATO versus PACTO de VARSÓVIA - demorassem nas negociatas, sobre os arsenais nucleares por exemplo, como se demora aqui, pelos nossos lados, para resolver tão "intrincado" e "embrulhado" assunto, por esta hora... já éramos) a câmara está(...ria) de parabéns.

Acontece porém (por todos os Deuses, eu devo ser mesmo muito esquisito), que o "calibre" das negociações  a que o presidente da câmara foi submetido para resolver o futuro deste equipamento, foi de uma tal intensidade, que originou que se tenha esquecido (por todos os santos mirenses: cada cavadela, cada minhoca. Cada tiro, cada melro) do outro... Parque. O do Municipal de Campismo.

Com efeito, anda a câmara vai para cinco anos, a realizar obras de melhoramentos nas infra-estruturas e a "plantar" os lindíssimos  (e igualmente caríssimos: 60.000€ cada) bungalows, e só agora é que se lembraram, quiçá por môr das terríveis negociações (que diabo, o homem não é de ferro), de que era necessário construir uma "barraca" para albergar as caldeiras que, por sua vez, hão-de alimentar de água quente - por onde é que raio andam as energias renováveis, pergunto eu - os dito cujos lindíssimos e caríssimos bungalows.

Assim, e passo a transcrever, está no ultimo número do "Gandarez", edição de 17.MAR.2011, página 9... Aproveitando as várias referências e obras municipais, o Gandarez (quanto a mim, que sou esquisito “comó” caraças, mais me parece o "Boletim Municipal" tipo... edição quinzenal) questionou o vereador Saul Rico sobre o Parque de Campismo, sendo um pelouro da sua responsabilidade, referindo que "nunca tinha sido feito uma limpeza em altura das árvores e conseguimo-la fazer o ano passado, abrimos o Parque mais cedo e houve sempre a conservação e as pessoas sentiram-se bem pois não houve reclamações. (Agora é que vem a parte interessante) E foi a concurso o edifício da Casa das Caldeiras (deve ter sido desenhada pelo Souto Moura, daí a demora) e das Lavandarias (esta deve ter sido o Siza Vieira, que ainda é um pouco mais lento) uma obra de apoio aos bungalowsOs bungalows estão quase todos equipados  (cinco anos e ainda não estão todos equipados?) assim que esteja o edifício de apoio aos bungalows abrem logo (boa vereador Saul Rico. Assim mesmo é que é. Dizem que depressa e bem, não há quem, mas afinal há sim senhor). Sobre a inauguração, se eu pudesse abri-los lá para meados de Junho e Julho, isso era óptimo... (que é inimigo do bom, como sabemos). 

A isto, não se chama uma espécie de começar a construir a casa pelo telhado. Não. 

A isto, chama-se, eu chamo, a mais pura das incompetências levadas a cabo por este autarca "modelo" - para o Burkina Faso, claro - que por aqui a modos que nos anda a (des) governar vai já para 14 anos.

Mais um verão que aí vem e tudo leva a crer, será mais um verão para esquecer.

Ainda assim, e porque isto não pode ser só criricar, termino como comecei:

FAOJ: Uuuuufa... Custou mas foi. Os meus parabéns por mais um imbróglio "resolvido"!!!»
Mirense

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