No outro dia descobri que o Rancho Folclórico do Seixo não pertence à Federação do Folclore Português.
O rancho de Portomar e de Mira pertencem. Não sei se isso é importante ou não, mas não é mais ou menos o mesmo que uma secção de futebol não estar inscrita na Associação de Futebol local (por exemplo AFC) e consequentemente na Federação Portuguesa de Futebol? É como quem nem no Inatel está!
Segundo Sérgio Correia, presidente do Clube de Jovens Folcloristas-Venezuela, em 2008, em Portugal existem mais de 1.700 agrupamentos folclóricos, dos quais 70% não representa correctamente as regiões ou zonas que dizem pertencer, posto que desvirtuam o vestuário e/ou a originalidade da música, logo é importante que os grupos ou todos aqueles que estão interessados no tema, indaguem junto das "fontes correctas" para possuir a informação correcta.
Já o ex-presidente da Federação do Folclore Português, Ludgero Mendes, salienta a importância de os "grupos subirem ao palco respeitando a época que representam e tomando em conta o vestuário e acessórios próprios". E apela para assegurar que os bailes e as canções são as verdadeiras, evitar o uso de maquilhagem, os cabelos compridos dos homens devem ser dissimulados, através da sua recolha pra dentro do chapéu; não se deve dançar com instrumentos agrícolas nem nenhum tipo de instrumentos; o amarrar do lenço varia de região para região.
Estará tudo legal por esse país fora?
6 comentários:
Reproduzir o resultado de conversas em muitas tardes e noites de "boa companhia", não será folclore? Será que o tempo que gostosamente alguém, meu conhecido, gastou ouvindo, alservando, tentando a sua repetição, gentes que se foram já do nosso convívio, não possa ser considerado como investimento em fonte segura da comunicação de forma de vida dos nossos antepasados? Da minha origem? Das gente que me deram vida? Quem melhor que eles me pode descrever a sua forma de vida nos tempos de então? Não quer o texto dizer que o Rancho do Seixo tem andado enganado e a anganar, pois não? Se assim for, eis-me na praça pública, disposto a ser confrontado com aqueles que essa tese defendem!
Um abraço, Bom Natal e... profícuo trabalho no ano de 2010!
Já agora, quem foi que disse que só os Grupos filiados na Federação do Folclore Portugês são "fiéis" representantes das formas de vida dos nossos antepassados?
Além de Portomar e de Mira, a Barra e o Seixo merecem todo o respeito pelo trabalho que vem desenvolvendo nas recolhas que efectuam e mostam ao povo nas suas reconstituições!
Uma verdade é certa e poucos assumem defendê-la: Ser veículo de cultura, não é para todos! Enriquecer, neste campo, não é acumular créditos e valores, antes é dar a conhecer o resultado das recolhas efectuadas, em suma, é DAR! Enriquecer é fazer com que o maior numero possível de pessoas passe a ter conhecimento dos dados recolhidos...
Compreendo tudo o que disse. A ideia que eu queria ter é de saber qual é a diferença (vantagens, desvantagens, etc) entre estar filiado na Federação do Folclore Português...
e não estar filiado... Se isso pressupõe um aumento da credibilidade ou não.
Eu não percevo muito disso mas axo que estar filiado é só para poder ter acesso a subsídios?se estiver enganado desenganem-me, agradeço
UM bom fim de ano a todos e uma boa entrada no 2010 , a quem peço, se possivel, seja para nós todos um ano muito ajuizado que bem precisamos
um abraço
MV
"A ideia que eu queria ter é de saber qual é a diferença (vantagens, desvantagens, etc) entre estar filiado na Federação do Folclore Português..."
És uma verdadeira anedota...
Qual é a diferença (vantagens, desvantagens, etc)entre apresentar contas da comissão de festas de 2008...
Já descobriste para contar?
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