quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

É o que é


"O padre que, na infância, nos dava a catequese pregava a pobreza no púlpito mas, fora dele, tinha vinhas e senhorios e dizia-se que pagava as jornas mais avaras da região. Um dia em que apareceu com um carro novo, um Taunus azul escuro, o Américo, filho do taberneiro, pôs-lhe uma inocente questão teológica: porque é que Cristo andava a pé ou de burro e não de automóvel? O padre António ofendeu-se; respondeu que burro era ele, Américo, porque no tempo de Cristo não havia automóveis e que, se houvesse, Cristo teria um carrão. Nesse dia, a catequese foi sobre o pecado da inveja e o Américo teve que prometer que se iria confessar. Ocorreu-me esta história ao ler no DN que o Papa virá a Portugal (três horas de viagem) num avião adaptado para lhe assegurar o máximo conforto. "O espaço ocupado pela 1.ª classe terá um quarto com cama para o Papa, outro para o seu secretário pessoal, uma casa de banho com chuveiro, um salão social e até uma pequena capela". Aprendi a lição do padre António e não duvido que, se no seu tempo houvesse aviões, Cristo também andaria com cama, salão social e capela atrás de si."

De quem será este texto?

Será que em tempos existiram padres que eram informadores da PIDE? Uma coisa é certa, muitas senhoras cujos maridos foram apanhados a tentar dar o salto na fronteira, apenas haviam confienciado esse facto em confissão ao padre.

A propósito, vem um artigo na Visão que apresenta teorias que defendem que por um lado Jesus terá sido de esquerda, mas por outro, talvez terá sido ideologicamente de direita.
Não me parece é que esteja contente com a ostentação que o Vaticano apresenta.
Padres, gente de prestígio? Sim, como qualquer outro cidadão. Já os vi a tratar diferenciadamente pessoas pertecentes a uma mesma paróquia (os filhos e os enteados). Os seus familiares são tão "menistros" como eu, tenham paciência.
A desmistificação continua...

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