No modelo andragógico o formador é um "facilitador" da aprendizagem que só esporadicamente funciona como "fornecedor" directo de recursos, tendo como responsabilidade criar um bom clima no contexto de formação, envolver os educandos e apoiá-los no seu percurso educativo e/ou formativo. Em educação de adultos, o contexto de formação compreende uma dimensão física (organização da logística e dos espaços onde decorre a educação) e uma dimensão psicológica (que exige práticas de respeito mútuo, de cooperação, de confiança recíproca, de apoio e de ajuda, de abertura e autenticidade e mesmo de prazer (porque não?).
Para o sucesso da formação de adultos é necessária a conjugação harmoniosa de dois modelos (pedagogia e andragogia), um grande investimento e bem direccionado do formador (o adulto) e um bom profissional de educação de adultos, que saiba mediar devidamente o processo de aprendizagem.
Não se pode aplicar as mesmas práticas e metodologias de ensino a adultos e a crianças. Mas também não convém ignorar a pedagogia em contexto de formação de adultos, pois em determinadas aprendizagens é mais apropriado intervir "pedagogicamente".
Ps: Com a balança de exportações desequilibrada, devido a vários factores, entre eles a baixa produtividade, que se pode combater através duma melhor qualificação da mão-de-obra (que envolve os adultos activos em Portugal), é de atrasado mental haver ignorantes e velhos do Restelos que se insurjam e tenham inveja de pessoas que já adultas invistam na sua formação, com grande determinação, no horário pós-laboral. E eu já vi isso, até numa terra muito católica e apostólica (o que não deixa de ser um paradoxo).
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