sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O que para aí vai


"Nos primeiros seis meses deste ano, os cinco maiores bancos portugueses meteram ao bolso 7,7 milhões de euros por dia só em "comissões". Comissões são aquelas quantias que os bancos nos cobram a pretexto de tudo e de nada: para abrir ou fechar um processo, para "manter" uma conta, para obtenção de informações, para a "gestão" de contratos, para o "processamento" das prestações dos empréstimos, pelo seu reembolso antecipado, pela "finalização" dos contratos, pela emissão da declaração a dizer que o contrato acabou, e por aí fora, ilimitadamente, sobre cheques, cartões, transferências, cobranças, empréstimos, depósitos, tudo o que mexa. Quem se admirará que, apesar da "crise", os lucros da banca no mesmo período tenham aumentado escandalosamente em relação a 2009? De admirar (para quem acreditou que os sacrifícios iriam ser "para todos") será verificar que, enquanto os "todos" pagam mais IVA, IRS e IRC e os desempregados e pobres vêm reduzidas as prestações sociais, a banca pagou em 2009, segundo números da própria Associação Portuguesa de Bancos, menos 40% de impostos do que no ano anterior."

Por Manuel António Pina no JN em 27 de Agosto de 2010.

Eu sei que estamos em Agosto e nos estamos marimbando para o que se passa por aí. Há Sol, os finos ainda não são caros, os arraiais têm gente, o partido A ainda consegue arranjar emprego à minha filha e a vida é bela. Mas vem aí a depressão pós-férias.
Fiz uma boa escolha em deixar o BCP. Eu trabalho, mas não ando para sustentar Paulos Teixeiras Pintos com comissões e impostos de selo. Tenham paciência.

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