terça-feira, 10 de março de 2009

O futuro lar de idosos do Seixo, a sondagem!


Como se sabe está-se a construir um Lar de Idosos no Seixo de Mira com a valência de alojamento colectivo de forma temporária ou permanente para idosos em situação de maior risco de perda de independência e ou autonomia, sem suporte familiar ou com progressiva perda dessa rede e para idosos mais isolados socialmente. Pelo menos é o que a sociedade espera dessa nova construção. Como se sabe também, os responsáveis candidataram-se a um programa do governo, o PARES (Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais) e conseguiram que o estado entrasse com 60% das verbas. A freguesia do Seixo e ou a comunidade ficaria a cargo de arranjar os outros 40% que correspondem a 42 mil contos na moeda antiga.
A sondagem que perguntava "Afinal o futuro lar de idosos do Seixo terá fins lucrativos ou não?" teve o número astronómico de 14 votantes que se distribuiram pelas seguintes respostas: 28% respondem que é segredo. 21% dizem que terá lucros mas não serão para os seus queixos (dos votantes). 14 % pedem para que se entregue o donativo e que se feche a matraca. A mesma percentagem está admirada pelo facto de os responsáveis (que não sei quem são) ainda não terem esclarecido isso. 14% acham que os lucros são para a fábrica da igreja (um organismo que mete o nariz em tudo o que gera lucro comunitário). Ora vamos lá ver outra vez : eu não sou contra a existência duma instituição desta natureza no Seixo. Eu sou é a favor da transparência. Tem que se saber claramente a natureza económica da instituição! Saber se quem irá lá trabalhar será devidamente qualificado para exercer as funções. Se os concursos de empregos serão regidos por critérios sérios de meritocracia ou se serão critério de compadrios, como já existe noutras instituições do Seixo e não só! Se o lar se destina só aos Seixenses (até porque só eles é que contribuem) e se as verbas recebidas através do pagamento mensal serão só para pagar a cobrir a folha salarial dos funcionários e despesas, ou será para gerar lucros? Uma coisa é pedir 42 mil contos às pessoas para fazer um salão paroquial (outra história mal contada), ou um cemitério, ou o telhado duma igreja, que são construções inertes que não envolvem lucros posteriormente. Outra coisa é pedir dinheiro para fazer uma empresa que gera dinheiros! E os idosos com um baixo nível de educação para a cidadania e com medo da solidão, acotovelam-se para mostrar quem dá mais dinheiro para depois ficar afixado parolamente na porta da igreja. A mim não me papam assim. Uma instituição desta envergadura teria que ficar da responsabilidade do município de Mira e do sector público, ponto final.

8 comentários:

Anónimo disse...

Caro Seixomirense:
Já por várias vezes quando li os seus textos sobre o Lar de Idosos fiquei triste com a forma como fala.
Perante uma necessidade de amparo social a uma população cada vez mais envelhecida e a um número crescente de idosos que os filhos abandonam (voluntariamente ou forçados pelas circunstâncias da vida) há várias atitudes possíveis:
1- Cruzar os braços e esperar que alguém faça alguma coisa (tipo avestruz com a cabeça na areia);
2- Denunciar a situação bem alto, o mais possível, e esperar que alguém faça alguma coisa;
3- Fazer de facto alguma coisa.

Conhece a palavra subsidiariedade? (Não, não tem a ver com pedir subsídios...)
Pois bem, um grupo de pessoas generosas e disponíveis do Seixo, deixou a comodidade do seu sofá, ou das conversas de café, e de há vários anos para cá tem tido muito trabalho e preocupações para OFERECER o seu contributo para toda a comunidade, na realização concreta desta obra.
Penso que é inquestionável a necessidade do Lar de Idosos no Seixo. Penso que é inquestionável que o estado não iria fazê-lo se o Seixo não fizesse por isso. (Aqui pode discutir-se a função do estado em termos sociais e se tinha ou não obrigação de fazê-lo, mas o facto é que não o fez e provavelmente não o faria).
Assim a direcção do Centro Social começou a tratar do processo, conseguiu o desbloqueio do terreno (que demorou anos por causas de complicações burocráticas à portuguesa) obteve um projecto, candidatou-se ao programa PARES e conseguiu 60% do financiamento para a obra. Esta direcção fez um trabalho perfeito? De certeza que não! Merecem as minhas críticas? Não. Merecem sim o meu OBRIGADO! Pois colocaram mãos à obra e hoje já temos alguma coisa. A comunidade do Seixo de modo complementar, ou subsidiário, tem de contribuir com mais de 250 mil euros… é muito dinheiro para uma terra pequena! É, mas se quem puder dar 25 euros os der, quem puder dar 250 os der, quem puder dar 2500 e quem puder 25000, TODOS colaborarem (que palavra bonita “co-laborar” = trabalhar em conjunto) de certeza que se vai conseguir…
Agora se uns começarem “a deitar abaixo” e a retirar os seus 25€ que sejam… isso sim é um prejuízo grande, não tanto para o Lar de idosos – essa entidade abstracta – como para uma dúzia de pessoas que podia estar confortavelmente no Lar e estão sós em suas casas com muito poucas condições.
O Seixomirense levanta uma série de perguntas pertinentes… Se o Lar é pago pelo Seixo receberá pessoas de fora? Não sei… mas o estado pagou 60% temos que nos lembrar disso… Quantos aos lucros do Lar, não consigo perceber a dúvida! A maior parte das pessoas idosas do Seixo são pensionistas com pensão mínima. O Lar terá espaço para 15 camas. Cada idoso, por lei da segurança social, deve pagar num Lar (acho eu, não tenho a certeza disto!) 2/3 da sua reforma. Ora 2/3x15x400€ = 4000€/mês. Para pagar alimentação, limpeza, luz, aquecimento, salários de pessoal, cuidados de saúde, e sei lá quantas coisas mais onde estarão os lucros? Muito provavelmente depois de construído o Lar ainda será é preciso negociar com estado (a Segurança Social) uma comparticipação para este poder funcionar… Lucros? Palavra que gostava de saber que contas o Seixomirense fez para calcular os possíveis lucros de uma obra como o Lar?
Seixomirense reflita um pouco sobre o sentido de cidadania dos idosos do Seixo. Podem não saber muito de letras nem de política, mas provavelmente são imbatíveis na vivência de um espírito subsidiário, completar, comunitário… E nós temos muito a aprender com eles…
Um último comentário sobre a forma! Algumas das questões que são levantadas aqui são pertinentes! Mas penso que não fica mal a ninguém um pouco de agradecimento e respeito por quem se disponibiliza GRATUITAMENTE a servir o bem comum (atenção que eu disse apenas agradecimento e respeito não disse subserviência e vassalagem).

Anónimo disse...

caro Seixense
Eu penso que muitas questões que o Jonny levanta são pertinentes embora nem sempre escritas da melhor forma.
È claro que é de enaltecer o trabalho realizado por estas pessoas que puseram mãos á obra para realisar esta empreendimento de grande importancia para o povo do Seixo.
Mas atenção as pessoas do Seixo estão fartas de contribuir com donativos para diversos fins e depois no fim ficam sem saber como o dinheiro foi aplicado, ou gasto ou ainda quem vai usufruir destas obras. Penso que era importante as pessoas que estão á frente desta comissão que explicassem quem no futuro pode ir para o lar ou quais são as regras de ocupação das instalações. Porque se as pessoas do Seixo estão a pagar e depois as pessoas de fora da terra vêm usufruir o que elas pagaram vai ser complicado de gerir

Anónimo disse...

Sem dúvida o melhor texto que já vi neste blog o de " Um Seixense"....é óbvio que o Cigano ( o autor deste blog) nao consegue ou nao quer perceber isto!

dizem que ele é do povo...mas nao consigo perceber por que dizem isso....trablhar em conjunto e respeitar os outros não é com ele...veja-se o seu comportamento quando teve no Futebol!

É fácil questionar, dizer mal, levantar problemas! e trabalhar em prol da comunidade não?? só falta dizer Jonhy que tambem nao te deixam "trabalhar" no Seixo....

enfim...

continua com as tuas opiniões, com as tuas votações, intrigas e a provocar comichões como alguns dos teus seguidores afirmam...se isso contribui para a tua felicidade ..força...a "gente" quer é pessoas felizes!!!


Seixomirensa

seixomirense disse...

Até que enfim um comentário de grande elevação, com argumentos, com pontos de vista, sem ataques pessoais. Obrigado Seixense! Pena ser anónimo, e pena deixá-lo triste, não era essa a minha intenção. Até que enfim alguém que está por dentro da realidade do lar (da direcção ou não) se manifestou e tentou esclarecer as pessoas. De facto fizeram alguma coisa. Fico admirado é como é que a Praia de Mira com 3 mil habitantes não faz nada e vivem na mesma. A Praia de Mira não deve ter população idosa, só pode. Ou então alojam os idosos no seio da família e o Seixo põe os idosos fora de casa. Um empreendimento tão grande para ter apenas 15 camas???? Tanto trabalho para poderem lá dormir 15 pessoas??? Eu sei que para dar qualidade de vida aos idosos (cuidados de saúde, aquecimento, etc) é necessário uma quantidade considerável de verbas. Feitas as contas entrarão 800 contos por mês. Mas esqueceu-se dos outros que não irão dormir lá mas que têm apoio do lar, pagando. Não sei quantos são, mas se calhar já se pode falar de cerca de 2 mil contos por mês a entrar. Depois tudo dependerá da quantidade de funcionários que lá trabalharão para dividir o bolo. Além disso ficaram por esclarecer os critérios de admissão para lá viver e os critério de admissão para trabalhar e as qualificações necessárias. É que eu tenho mais ou menos a idéia dos critérios do actual lar, da creche e da cerci, da vigilância das florestas de moto4 no Verão. As pessoas não andam a dormir. Eu sei bem qual é o sentido de cidadania dos idosos, estou bem por dentro da Educação e Formação de Adultos e da Aprendizagem e Desenvolvimento Pessoal e Social do Adulto e do Idoso, por isso também sei que se aprende muito com os idosos.

seixomirense disse...

Ainda não percebi ao certo quem é o cigano, senhora seixomirensa, mas pelos vistos deve ser alguém a quem se lhe atribui importância, estão sempre a falar dele. Quanto a perceber ou não textos, parece que você é que não entendeu ou não leu o "Esclarecimentos" (http://seixomirense.blogspot.com/2008/12/esclarecimentos.html). É que o meu comportamento social está à vista de todos como já disse basta perguntar a todos os meus poucos patrões (que já tive ao longo da vida), colegas de trabalho, dezenas colegas de curso, e colegas com que já TRABALHEI EM CONJUNTO e fiz inúmeros trabalhos, professores e a todas as milhares de pessoas com quem me relaciono diariamente. Por isso é que dou a cara, porque não tenho nada a esconder e até me posso orgulhar da minha conduta social. Já do seu comportamento não se pode inferir nenhuma aquilatação até porque não passa duma anonimazita cobarde. Quanto a deixarem-me trabalhar ou não no Seixo, num futuro próximo não me parece que necessite mas não posso dizer nunca a longo prazo até porque hoje marcharam 200 mil pessoas em Lisboa contra o compadrio que pode ter os dias contados. Há-de reparar quem é que trabalha no Seixo e quem é que teve que emigrar para o estrangeiro, é só observar e concluir. E claro que vivo feliz, não tenho depressões nem tomo antidepressivos como grande parte da população portuguesa que não consegue aguentar infelizmente a opressão a que são expostos pela corja dos partidos todos os dias.

Anónimo disse...

Não dás hipóteses!!! Ah grande seixomirense. Não te acanhes. Se não és do povo quem será?

Anónimo disse...

ora bem, ñ sou bom em matematica e agarei numa texas instrment ti-89 titanium (ñ é o topo, mas dá conta do recado). S o Seixo contribua 40% = 250000euros, logo 60% do programa PARES = 375000 euros.
Finalmente, 250000 + 375000 = a modica soma de... 625000euros! ui! Uma obra grande. Tenho de verificar Humm... s calhar com 1 integral triplo e umas séris D'Alembert chego lá melhor ao resultado... vou continuar.

Anónimo disse...

625 mil Euros não é nada....Dá para fazer uma casita de madeira. Não percebi se o gajo das matemáticas acha uma obra grande ou não. O que sei é que é uma quantia não muito pequena, a vida custa.