terça-feira, 27 de julho de 2010

Conversas de café


Empregado de mesa – Boa noite, Mariana. Olha, agora também temos camarão cozido. Trezentas gramas de camarão são 3.50 euros. É um bom preço não achas?

Cliente, colega de estágio e mestre em estudos portugueses (Mariana) – O que é que disseste?

Empregado de mesa – Trezentas gramas de camarão são…

Mariana – Não são trezentas gramas. São trezentos gramas.

Empregado de mesa – Ah, eu acho que tinha ideia disso, mas realmente uso sempre grama no feminino.

(E pronto, não chegou a vender o camarão capturado no Perú e cozido em Espanha. Bom camarão por sinal. Nem sequer pôde argumentar que no outro dia pediu 300 gramas de camarão na esplanada da cervejaria Johnny Ringo na Figueira da Foz e que lhe custou 9 euros. E só eram 11 camarões. Mas um pouco maiores que os do Perú. Tudo isto enquanto os nosso barcos abandonam a pesca do marisco nas águas da Zona Exclusiva Económica da Guiné-Bissau, perante a passividade do governo português. Mas nunca mais se esquece: é um grama e não uma grama. E mais tarde confirmou numa notícia do jornal Record que dizia que Paris Hilton tinha sido apanhada com um grama de marijuana num país qualquer. São aprendizagens significativas. Quem sabe se não estão dentro da teoria Transformative Learning de Mezirow?)

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