segunda-feira, 19 de julho de 2010

Cuidado com a noite


Escrito por Andrea Trindade

Coimbra

Clientes de discoteca
queixam-se de agressão
por parte dos seguranças

Frederico Silva, de 31 anos, nasceu e reside em Paris mas volta sempre que pode a Portugal, país que ama e que sempre defende no estrangeiro. A imagem que leva destas férias é, todavia, negativa. Alegadamente vítima de agressões graves por parte de seguranças de uma discoteca de Coimbra, declara-se «impressionado com o clima de insegurança e com a impunidade».
Na quinta-feira saiu à noite para se divertir com um primo que reside em Coimbra e cerca das 3h00 acabaram por entrar na discoteca NB, junto à Praça da República. Ali passaram um bocado, sem que nada fizesse antever os problemas que surgiram à saída, perto das 6h00 de sexta-feira. «A despesa era de 46 euros, mas o cartão de crédito da Eurocard/Mastercard não funcionou. Paguei 40 euros em dinheiro e decidiu-se que vinha à rua levantar o restante numa máquina», conta ao Diário de Coimbra.
O primo, que já tinha pago a sua parte, abeirou-se também da saída e disse que iria com ele, até porque Frederico conhecia mal a cidade. «Fui logo impedido, bateram-me na face, com tal violência que me “furaram” um tímpano. Deitaram-me no chão e não pude já sair», refere, acrescentando que a situação se amenizaria mais tarde, com a chegada de «um responsável da discoteca».
Na rua, Frederico, que se tinha apercebido da agressão, ligou várias vezes o 112. «Acho que é o número internacional, mas a resposta que me davam era de que não iam mandar ninguém porque o 112 não era para assuntos de polícia», diz, com algum espanto. «As pessoas que ali estavam também não quiseram tomar partido, por medo ou por falta de civismo», acrescenta.

“Perseguido” até ao carro
O jovem residente em Paris, mas que sempre se orgulhou de ter também nacionalidade portuguesa, acabou por se dirigir ao carro onde poderia ter mais algum dinheiro e que estava perto do Jardim da Sereia. «Mas fui perseguido por seguranças da discoteca, deram-me um murro no peito. Pedi-lhes que parassem, porque sofro de doença cardíaca e estou até à espera para ser operado, mas continuaram a bater, até que devo ter desmaiado». Foi o primo, entretanto saído da discoteca, que tomou a direcção do carro e foi dar com Frederico jogado no chão e «em mau estado».
«A polícia acabou por passar frente à discoteca 40 minutos depois de termos chamado pelo 112, mas disseram-me que pouco havia a fazer se não identificássemos os agressores», indigna-se o primo, também com 31 anos. «Às vezes lia notícias sobre agressões e pensava que se tratava de pessoas que faziam desacatos, mas nós fomos agredidos e não fizemos nada, nem sequer estávamos alcoolizados. Mesmo que estivéssemos, os seguranças têm o dobro do nosso tamanho, bastaria que nos dissessem para sair», declara.
O INEM foi chamado ao local onde estava Frederico e os dois acabaram por ser examinados nos HUC. Na sexta-feira apresentaram queixa formal na esquadra da PSP de Coimbra, na Av. Elísio de Moura, e segunda-feira pretendem apresentar-se no Instituto de Medicina Legal para perícia médica com vista à apresentação de queixa. «Vou para Paris, mas regressarei as vezes que for preciso para dar andamento a este processo», garante Frederico Silva.
A mãe, Fernanda Machado, emigrante em França há mais de 40 anos, não pôde deixar de fazer comparações com aquele país, considerando que uma situação idêntica seria lá impossível. «Isto está muito mau, não se pode sair à rua e a polícia parece que não faz nada», lamenta.

“Agressões aconteceram
fora da discoteca”
A gerência do NB mostrou estar a par dos acontecimentos da madrugada de sexta-feira e que envolveram clientes da discoteca, mas esclarece que eventuais agressões terão ocorrido fora do estabelecimento e estando este já encerrado. «Dentro da discoteca não tenho conhecimento de nenhuma agressão. E não tenho nada a comentar sobre o que ocorre lá fora, depois da discoteca já encerrada», disse Roger Sousa ao Diário de Coimbra, notando que os seguranças não são funcionários do NB mas de uma empresa privada e que já estariam, inclusive, fora de serviço. «Já tinham abandonado o local de trabalho, para lá do horário de expediente cada pessoa responde individualmente», frisou.
O Diário de Coimbra contactou a PSP que remeteu informações sobre a ocorrência para segunda-feira, justificando não ter acesso ao processo no fim-de-semana.
Apesar das tentativas, foi impossível chegar à fala com os responsáveis da empresa de segurança que trabalha no NB, a 365 Segurança Privada.

Retirado do Diário de Coimbra.


Conclusão: Não entrar numa discoteca sem dinheiro suficiente. Há perigo de levar nas trombas.

Nota-se que a empresa 365 Segurança Privada tem feito um trabalho digno que tem elevado a reputação dos seguranças da noite. Já não é a primeira vez que ouço problemas relacionado com essa gente, com essa empresa. Uma coisa esperta.

NB? Se puder evito. E quê?

PSP, sempre em cima do acontecimento, calmos, muitos minutos depois. Bem, também não lhes dão condições profissionais e financeiras para mais.

Portugal no seu melhor.

1 comentário:

Anónimo disse...

Então e PJ?? Não é em frente ao NB?? Apesar de policia de investigação criminal não deixa de ser policia. Se esses factos ocorreram tb na rua será que nenhum doutor da pj estava lá??