terça-feira, 17 de novembro de 2009

Educação


Por estes dias, uma conhecida escritora de livros juvenis deslocou-se a uma escola para fazer a apresentação de um livro seu e uma acção de promoção e incentivo à leitura entre os miúdos. Quando chegou a uma sala de aulas encontrou a seguinte frase acolhedora escrita no quadro:
"Em que é que se ins-pirou para escrever este livro?"
Conta-se que a sua primeira reacção foi pirar-se dali, perante a desculpabilização do professor que se refugiou no argumento de que o que interessa é a ideia dos miúdos e não tanto a escrita ou ortografia. No mundo Magalhães é assim, os erros são relativos.

Centenas de estudantes universitários (de seis associações académicas entre as quais a de Coimbra) pediram a demissão de Mariano Gago, ministro da Ciência e Tecnologia e do Ensino Superior, esta Terça-Feira em Lisboa. Querem um maior tecto para a bolsa máxima e investimento em alojamentos e cantinas. Compreendo-os, mas de onde pensam que virá o dinheiro? Esta treta de estado social democrata só consegue existir se houver uma economia forte. Ora se não há economia forte, é demitindo o Gago é que vão receber mais verbas?
Mas dou-lhes razão numa coisa, é um escândalo se o dinheiro das propinas está a ser utilizado em despesas correntes, mas já ouço falar disso há uns tempos. Mais dia menos dia o ensino superior público rebenta e vai tudo para as Independentes, Modernas, Miguel Torga, Internacional, etc. O ensino é comércio, para muita gente.

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