quinta-feira, 25 de junho de 2009

Cidadania e Política- O voto: um dever ou um direito?


As razões para abstenção:
A inflexibilidade de só se votar na área de residência - Como é possível, com tantas tecnologias existentes, continuar-se a votar apenas na área de residência? Como é possível o sistema ser tão rígido? E no entanto em Leiria uma pessoa conseguiu votar 2 vezes. Um madeirense que viva no continente, ou tem que pagar a viagem para ir votar, ou muda o sítio onde vota e perde o direito aos descontos nos bilhetes de avião que os madeirenses têm. Uma pessoa que está no Algarve, e tenha que votar em Bragança tem um cabo dos trabalhos pela frente.
A diminuição do factor novidade e do entusiasmo em relação a 1975 (ano das primeiras eleições em Portugal) - As pessoas estavam oprimidas e sedentas de exercerem a sua cidadania, de poderem votar, mas com os anos o factor novidade foi perdendo importância dando lugar ao desinteresse.
Sentimento de descrença, desconfiança e descontentamento em relação ao sistema político - As pessoas com um menor ou maior grau de esclarecimento em relação ao funcionamento da máquina política do país, vão-se apercebendo que algo está mal. Que muitos autarcas são corruptos, que o Presidente da República tem pouco poder, que os Primeiros-Ministros assim que lhes surjam uma proposta melhor, põem-se a andar. Que passados 35 anos de democracia, o país poderia estar melhor. Isso contribui para abstenção.

O último relatório do PNUD “Aprofundar a democracia num mundo fragmentado” diz que nunca o mundo foi tão democrático. Mas ao mesmo tempo são poucos os que se sentem representados pela política. Mesmo onde existem instituições democráticas firmemente estabelecidas, os cidadãos sentem-se impotentes para influenciar as políticas nacionais. O PNUD é o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

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