segunda-feira, 8 de junho de 2009

O melhor treinador do Seixo





Não fui eu o impulsionador desta sondagem, (então afinal nem tudo o que se coloca aqui é da minha autoria?) foi alguém que na cbox deste blog deu a idéia de submeter a sufrágio a qualidade de treinadores que passaram pelo Seixo, pela equipa sénior ou por outras equipas. Coloquei o post http://seixomirense.blogspot.com/2009/01/o-melhor-treinador-do-seixo.htmle só houve 2 comentários que deixaram a preferência por 8 sujeitos aos quais acrescentei 2 para no final ter 10 treinadores passíveis de serem votados. O resultado foi:
1º José Rebelo 51%
2º Hermínio 17%
Ramos 17%
4º Careca 5%
5º Eduardo Barreira 2%
Tomé 2%
Zézito 2%
Sem votos ficaram Rui Silva, Nélito e Evangelista. Isto num universo de apenas 35 votos. O que posso comentar (claro que vou comentar, se até o Marcelo Rebelo de Sousa é pago para falar de bola) é o seguinte: sobre o primeiro classificado não tenho nada a dizer. Não conheço (pouco como pessoa e como treinador menos) e como evito falar do que não sei absolutamente nada, obviamente não tenho nada a acrescentar. Sobre os outros, e porque lidei com eles e porque já joguei futebol distrital alguns anos (com o possível estágio para o ano também não me parece que seja possível voltar aos pelados) e estou bem por dentro da realidade posso emitir opiniões. E mais, tenho ainda a vantagem dos distanciamento que conduz a uma menor subjectividade e deturpação. E porquê? Por umas razões simples: nunca fui graxista. Em todas as vertentes da minha vida. Nem para os professores (nunca precisei), nem para patrões (mais vale cair em graça do que ser engraçado) nem para os treinadores (nunca joguei como titular numa equipa pelo motivo de ser mais amigo do treinador do que os meus colegas). Aliás, já tive um treinador vizinho e nem por isso, fora do campo (ou dentro) a nossa relação estreitou. Sempre soube separar as águas e sempre mantive relações de distanciamento moderados com os treinadores, precisamente para não dar azo a que colegas meus duvidassem do meu mérito em ser escolhido em detrimento deles. As minhas conversas com treinadores sempre foram baseadas no cumprimento cordial, no ouvir as orientações e no expôr as minhas opiniões. Fora disso sempre foi "adeus e boa tarde". Para além de que das 95% das vezes em que fui escalado para jogar de início foi sempre por mérito próprio.

Para avaliar a qualidade de um treinador não se pode levar em conta apenas a classificação na tabela. É preciso ter em conta a qualidade de jogadores que possui, a qualidade da direcção do clube, as influências que o clube exerce na associação, a questão financeira (se é pago e se os jogadores são pagos), a sua capacidade de liderança que implica um grande espírito de justiça, a sua sensatez, audácia, o discurso dentro dos balneários e o discurso fora dos balneários (para os adeptos, direcção e comunicação social). Há algo de fundamental a seguir aos resultados, é o facto de que ninguém é bom treinador se não conseguir melhorar um jogador após ter passado pelas suas mãos, e só é bom se conseguir evitar a todo o custo incompatibilizar-se com jogadores.

O Hermínio para segundo classificado é merecido. É um treinador sério, altruísta, muito trabalhador, dedicado, por vezes vulnerável e influênciável, mas fiável. O Ramos é um midas (do nada consegue fazer algo), um gentleman de fino trato, instruído, motivador, mobilizador, com bom discurso, pensamento próprio e com inteligência emocional considerável, tenta ser justo. Do Careca conheço pouco, mas tem idéias bem vincadas, intransigentes, algo antiquadas, personalidade muito à Praia de Mira (na Praia é que é, e vocês sem mim não são nada), um pensamento de que outros treinadores do concelho comungam, a sua justiça é primitiva, sumária e até parcial, mas é um vencedor. Sobre o Eduardo Barreira posso dizer tudo o que disse do Ramos, menos a parte emocional. Falta-lhe o conseguir entrar mais no balneário e criar empatia. Tem uma coisa fantástica, sabe explicar de forma clara e pormenorizada o que é que cada jogador deve fazer, e não se limita a discursos de lugares comuns, frases feitas e de motivação tipo homens das cavernas com gritos estéreis e ululantes, sabe expressar-se. É também um diplomata, um pedagogo e muito assertivo. Do Tomé conheço pouco, tenta não inventar, até porque no futebol já não há nada para inventar, consegue estabelecer relações cordiais e empáticas com os jogadores o que os levam a dar algo mais em campo por ele. O José Mateus é duro, justo, não sofre pressões de interesse. Na equipa dele só joga quem estiver melhor física e tecnicamente. Não existe o "jogas porque és meu amigo". Aliás, nem que fosse da família dele. Não existem primadonas nem vacas sagradas. É estimulador, motivador e potenciador das capacidades físicas. A garra e o querer têm grande importância. O Rui Silva é um treinador que marcou os Montanelas no torneio do Seixo, sobre ele tenho reservado uma história noutro post. Do Evangelista conheço pouco, estive em treinos dele, era inovador, versátil e diversificado. Uma coisa é certa, o Pázito e Oliveira não foram o que foram sem o cunho pessoal dele. O Nélito tem boa capacidade de cativar jogadores para jogarem nas suas equipas. É dedicado, trabalhador, mas tem dificuldade em desfazer lobbys dentro da equipa, de unificá-la. Mas sabe escalar minimamente um 11 titular.

Outros treinadores ficaram de fora, assim como outras apreciações, fica para outra oportunidade.

2 comentários:

Anónimo disse...

falta-te um grande treinador num passado não mt distante; e a prova disso é que o Oliveira e o Pazito devem mt mais a esse treinador do que ao Sr. Evangelista.
cumprimentos

é joão disse...

falta o toirito....
vitor claro portanto.