"O Estado sou eu" foi uma mítica frase de Luís XIV de França no século XVIII, que continua actual. Como sabem o primeiro ministro de Espanha veio a Portugal a um comício do PS em Coimbra, no pavilhão do União de Coimbra, estiveram ao quentinho com meia dúzia de correligionários a aplaudi-los no dia 24 de Maio. Nesse mesmo dia, horas antes, estiveram o Sócrates e o Zapatero num comício do PSOE (Partido Socialista Obrero Espanhol) em Valência. O assunto que trata é o seguinte: José Luís Zapatero viajou de Valência para Coimbra num Falcon da Força Aérea espanhola e está a ser por isso muito criticado em Espanha. O gabinete de José Sócrates não esclareceu como regressou sábado a Portugal o líder do PS. Em resposta ao jornal “Sol”, o gabinete de José Sócrates apenas disse que Sócrates “não usou nenhum meio do Estado português nas suas deslocações”. E garantiu que o líder do PS seguiu para Madrid num voo da TAP, na noite de sexta-feira. Isto de usar os meios do Estado ao serviço do partido, não é bom. Ou seja, esta confusão que a malta faz com o que é do Estado e o que é dos Partidos é uma trapalhada que só enoja quem acabou de comer uma cestada de cerejas do Fundão. A mim parece-me que os Estado já nem somos nós.
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