segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Os debates nacionais




Os debates entre os líderes dos princípais 5 partidos políticos estão a acabar e o balanço que se pode fazer é que as audiências têm sido muito boas. Mas porquê?
Por haver um entusiasmo do eleitorado em relação às eleições que aí vêm? Negativo.
Porque os portugueses não querem perder pitada da campanha ou porque se sentem mobilizados em torno dos partidos ou dos seus protagonistas? Incorrecto.
Porque não sabem ainda em quem votar e querem ficar esclarecidos? Zero!

Tirando os políticos de carreira, os indefectíveis militantes, os que já estão arregimentados, os analistas e estudiosos viciados na política, estas eleições legislativas não empolgam muita gente.
A crise bateu no bolso dos portugueses, sentindo-a na pele deixando-os colados em saber pelos debates na televisão quem será o mal menor para o país e para os interesses particulares de cada um. O tempo não é de festa nem de espectaculo nem de acreditar em discursos messiânicos e promessas vãs, daí o desinteresse pelas arruadas, pelos comícios e por outras acções forjadas montadas pelos aparehos partidários.

Não alinho pelos grupos de comentadores (cada estação de tv, cada jornal tem um painel) que sentenciam que Manuel ganhou a António e que Maria empatou tecnicamente com Francisco.
Cada cidadão tem que pensar pela sua cabeça e nestes debates dificilmente há vencedores e vencidos, isso é relativo e subjectivo. É claro que o Jerónimo de Sousa não ganhou a ninguém. Mas atenção, também não se deixou humilhar por ninguém. O eleitorado dele já está bem definido. Além disso cada canal ao apresentar uma peça de 2 minutos sobre o debate pode mostrar apenas a parte em que Sócrates deu um malha no Louçã ou vice-versa.

O que há a reter sobre estes debates?

Falou-se pouco ou nada em como desenvolver a economia. Falou-se pouco no que será necessário fazer no futuro. Quero lá saber das tretas que fizeram, se aquele é mais da esquerda radical ou não, quero é saber dos planos para o futuro!

Paulo Portas sente-se muito cómodo, sabe articular argumentos, mas pudera, está no parlamento desde os 5 anos. Portou-se bem em todos os debates, é esclarecido.

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