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Cartaz retirado de http://www.seixo.net/site/
É um espaço onde se pede paciência às pessoas em geral e onde se pode expôr teorias sobre tudo o que está! Nada é tabu aqui nem há cá censuras, o que está é o que é. Melindrosos e redomas de vidro não são para aqui chamados. Também pode ter a ver com o Seixo de Mira.
PSD – Afinal a alteração da constituição não tem apenas a ver com os poderes do presidente. Se a proposta será bem aceite ou não pelo povo, irá depender da maneira como Passos Coelho irá passar a mensagem, mas também dependerá de como os meios de comunicação social tratarão a matéria. Para já, não tem sido muito favorável aos laranjas de direita.
PSD 2 – É que esta proposta de alteração e a imprensa, só tem favorecido Sócrates que até parece um esquerdista puro, o paladino e defensor do Estado Social.
SNS – Que tem coisas boas, Portugal é um dos países com menor taxa de mortalidade infantil. Anos e anos de um bom trabalho do Serviço Nacional de Saúde.
SNS 2 – Parece que o PSD acha que se os ricos não frequentam a saúde pública (como têm dinheiro vão aos privados), então não devem contribuir com impostos para a causa. Parou, parou, parou. Oh PSD, eu nunca ando de avião, será que também posso deixar de pagar impostos para a causa TAP? Já agora, nunca usei a Via do Infante no Algarve, também quero deixar de contribuir para essa causa.
Cavaco Silva – Quando o vejo a passear-se com Isaltino Morais (um criminoso), mas não é capaz de abdicar das últimas horas de férias com os netinhos para ir ao funeral de um Prémio Nobel da Literatura, percebe-se o seu grau de seriedade e de lucidez nesta fase da sua vida. Carcaça ambulante.
Rei dos Gnomos - Quando é um Casapiano ilustre ou um Banqueiro ladrão, a capa do jornal traz sempre o "alegadamente terá feito". Como é Ghob é um pobre coitado, o jornal diz que fez, e retira o alegadamente. Diferenças de tratamento ao nível dum salazarismo que tanto condenam. Poucas coisas estão diferentes, e para pior.
Educação – Só através dela é que se poderá elevar o criticismo (bom ou mau) da sociedade civil em relação aos partidos políticos. Em Portugal o grau de exigência encontra-se a anos-luz daquilo que é necessário para uma sociedade mais próspera, mais igualitária.
Dependência – Mas a questão não é apenas educativa, é que enquanto 6 milhões de pessoas continuarem a viver atreladas ao Estado, não é possível uma independência pura em relação às tomadas de posição do partido governante que afectam (positivamente e negativamente) o povo. E o grau de exigência continuará residual, para mal dos nossos pecados.
Nuno Crato – Tornou-se há dias presidente da TagusPark. Esperemos que não seja uma medida para amansar a boca deste presidente da sociedade portuguesa de matemática que nunca se cansa de tentar iluminar o caminho do ministério da Educação. Mas este ministério não lhe liga patavina. Foge do rigor como o diabo foge da cruz. Durante o Estado Novo, aos ilustres contestatários, eram-lhes oferecidos cargos administrativos de relevo, e eles acabavam por fechar a matraca. Fascismo nunca mais…. Volta!
Educação2 – Quando se descobriu empiricamente que um povo mais educado não significa um país mais desenvolvido e que um país mais desenvolvido não implicava necessariamente um povo mais educado foi como que um bálsamo para aqueles que puseram a andar o ministro da educação de Marcelo Caetano, o pró-educação Veiga Simão.
A Educação e Formação de Adultos acontece quando uma sujeita na casa dos 50 anos com o 6º ano de escolaridade que não teve possibilidades de progredir no sistema educativo enquanto era jovem, decide estudar de noite e através do ensino recorrente alcançar conhecimentos que lhe permitiram concluir o 12º ano de escolaridade. Mas a Educação e Formação de Adultos não pára por aí. Quando essa sujeita se decide submeter ao escrutínio de um exame nacional de História e consegue a digna nota de 12 valores, essa adulta está de parabéns. É que toda a gente sabe que estar aberto a novas aprendizagens quando já não se tem 16 anos e já não se tem todo o tempo do mundo, é uma tarefa árdua e dura. Eu chamo-lhe um processo de meritocracia. Está aqui a prova de que outras ofertas educativas que não o ensino normal (para os miúdos) são tão válidas como a considerada principal via de ensino. Fica ao critério de cada um, reflectir se os exames nacionais actuais são tão exigentes como se desejariam. Quando esse adulto é um parente próximo do seixomirense, um sabor especial fica. Oxalá toda a população activa e adulta fosse assim.
Dedicado a todos os atrasados mentais que ainda perguntam: “Aquele fulano (um adulto), está a estudar de noite para quê?”
Empregado de mesa – Boa noite, Mariana. Olha, agora também temos camarão cozido. Trezentas gramas de camarão são 3.50 euros. É um bom preço não achas?
Cliente, colega de estágio e mestre em estudos portugueses (Mariana) – O que é que disseste?
Empregado de mesa – Trezentas gramas de camarão são…
Mariana – Não são trezentas gramas. São trezentos gramas.
Empregado de mesa – Ah, eu acho que tinha ideia disso, mas realmente uso sempre grama no feminino.
(E pronto, não chegou a vender o camarão capturado no Perú e cozido em Espanha. Bom camarão por sinal. Nem sequer pôde argumentar que no outro dia pediu 300 gramas de camarão na esplanada da cervejaria Johnny Ringo na Figueira da Foz e que lhe custou 9 euros. E só eram 11 camarões. Mas um pouco maiores que os do Perú. Tudo isto enquanto os nosso barcos abandonam a pesca do marisco nas águas da Zona Exclusiva Económica da Guiné-Bissau, perante a passividade do governo português. Mas nunca mais se esquece: é um grama e não uma grama. E mais tarde confirmou numa notícia do jornal Record que dizia que Paris Hilton tinha sido apanhada com um grama de marijuana num país qualquer. São aprendizagens significativas. Quem sabe se não estão dentro da teoria Transformative Learning de Mezirow?)