segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Assertividade

Andam aí uns anormais a tentar fazer passar a idéia de que não temos o direito a ser assertivos. São os que querem continuar a lamber botas, os que preferem ser politicamente correctos em vez de frontais, os que preferem o José Miguel Júdice à frente da ordem dos advogados em vez do Marinho Pinto. Preferem ter um semi-mafioso com os seus escritórios promíscuos e os seus negócios estranhos com o governo, mas com falinhas mansas, em vez de terem alguém sério, directo, grosso e justo porque dizem que o Marinho os envergonham. São os que nos querem comprar com sorrisos falsificados e piadas de algibeira, quase de sacristia. São os que nos passam as mãos nas costas, quando falta um mês para certas datas. São os que se julgam da elite, mas não passam duns vulgares como os outros. São os que em certas alturas do ano nos tratam como doutores, mas quando viram costas discriminam-nos por sermos irmão deste e bis-neto daquele, como se estivéssemos no feudalismo. São os que sectarizam, segmentam, oprimem certas faranjas da sociedade mas que de x em x anos equalizam e uniformizam tudo à pressa. São aqueles que pensam ao contrário mas como estão pendentes de algum favor que a urbe lhes fará, calarão e consentirão. São aqueles que ostracizam os subversivos.
A todos os que não são assim, não deixem de ser assertivos, têm o direito de dizer "não" às vezes, em vez de dizer sempre "sim", doa a quem doer, custe a quem custar. Promovam a vossa auto-estima, determinação, empatia, adaptabilidade, autocontrole, tolerância e sociabilidade. Resistam às tentativas de manipulação, ameaças emocionais e bajulação. Reinvindiquem aquilo a que têm direito sem se pisarem os outros e sem se deixarem pisar.
Como cantava Adriano Correia de Oliveira, e hoje há cada vez menos desses e cada vez mais cobardolas: "há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não..."

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