segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Pequenos apontamentos


Emigrante francês: (quarentão e afastado dos centros de decisão): Então, quem é que está à frente da instituição A?
Desconhecido: É fulano!
Emigrante francês: E quem está a mandar na instituição B?
Desconhecido: É cicrano!
Emigrante francês: Então mas porque é que já não é beltrano, pois ele é uma pessoa 100%?
Desconhecido: Porque já tinha feito um bom trabalho e deu a vez a outros, além disso lançou-se noutros voos.
Emigrante francês: E quem quer ir para a instituição X?
Desconhecido: O Tó, o Zé, o Quim e o Zeca.
Emigrante francês: só os ricos é que se lançam para essas coisas.
Desconhecido: O Cajó também queria ir, mas encostaram-no.
Emigrante francês: Oi oi, esse não vale nada. Isto continua igual. Parecem condes.

Conclusão: Há 30 ou 40 anos só não emigrava quem não era em condiçoes de emigrar. Hoje em dia só fica cá quem é correligionário dum partido que ocupa normalmente o poder, ou é sobrinho de alguém das grandes fábricas empregadoras do país que são as câmaras municipais, ou é alguém inocente que acredita na luta, no trabalho e na meritocracia, ou então é um alma de Deus (ou malandro) que não se importa de viver uma vida à custa do rendimento social de inserção. Quem não é filho das famílias certas e é ambicioso e trabalhador, só lhe resta partir, para longe, onde é valorizado.

Ps: Mais de 1 semana sem sentir o cheiro das droguitas (as ganzas ou os charros como quiserem).
E não sentia saudades. Há malta que não passa mesmo sem elas. Bebam umas pingas, que pelos vistos até há malta aí a pagar.

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